A Renault renovou a gama Mégane e, de caminho, aplicou-lhe versões híbridas Plug-in e-tech, tal como fez com o Clio. Chegam em junho.
Por fora o novo Mégane de 2020 mal se distingue, a não ser pelos para-choques ligeiramente redesenhados, com aplicações cromadas, e pelos faróis full LED. Também tem uma nova gama de jantes e atrás há novas óticas e piscas dinâmicos.
No habitáculo, o Mégane de 2020 apresenta o novo ecrã Easy link de 9,3 polegadas que já conhecíamos do Clio e do Captur, passando também a ter ecrã de instrumentos digital e de maiores dimensões.
As ajudas à condução sobem de nível, agora com cruise-control adaptativo e função automática nas filas de trânsito. O volante é igual mas passa a ter botões mais ergonómicos.
A novidade maior da nova gama Mégane é a versão E-Tech Plug-in, híbrida de recarregar na tomada e que, por enquanto, apenas fica disponível na carrinha Megane Sport Tourer.
COMO FUNCIONA?
O sistema de propulsão híbrido do Mégane é igual ao que encontramos no Captur E-Tech Plug-in. Um motor atmosférico a gasolina de 1.6 litros com 91 cv, de origem Nissan, surge associado a dois motores elétricos, debitando o conjunto 160 cv de potência. A componente elétrica é alimentada por uma bateria de iões de lítio com 9,8 kWh de capacidade, conseguindo uma autonomia elétrica de 50 km (65 km em cidade) segundo a norma WLPT.
Este sistema comporta um motor elétrico maior, com 67 cv, e outro mais pequeno, com 34 cv, que serve de alternador e de motor de arranque. O sistema tem a particularidade de dispensar embraiagem e sincronizadores na caixa de velocidades, já que a tarefa da sincronização é feita pelos motores elétricos. Daqui resultam 15 modos de utilização da caixa, geridos de forma automática. O condutor apenas se preocupa com o acelerador e travão.
O sistema E-Tech (híbrido no Clio e híbrido Plug-in nos Mégane Sport Tourer e Captur) associado à transmissão multi-mode sem embraiagem foi inicialmente ensaiado com o concept EOLAB apresentado no salão de Paris de 2014, mas também se inspira no sistema de transmissão utilizado pela Renault na Fórmula 1.
Com esta tecnologia a Renault consegue que o conjunto seja mais compacto e também mais leve que um Mégane Diesel com caixa automática.
CLIO HÍBRIDO com 140 cv
A capacidade da bateria de iões de lítio varia consoante o tipo de sistema híbrido utilizado.
No Clio E-Tech, que não é plug-in, é utilizada uma bateria de 1,2 kWh de capacidade (230 V), com a marca a garantir que o Clio E-Tech consegue fazer 80 por cento da condução urbana no modo elétrico puro.
O Renault Clio E-Tech utiliza também o motor a gasolina de 1.6 litros com 91 cv, mas aqui conjugado com um motor elétrico principal de 49 cv e um secundário (gerador) com 20 cv. O sistema debita 140 cv de potência combinada e consegue acelerar de zero a 100 km/h em 6,9 segundos. Anuncia médias de consumo abaixo dos 4,5 l/100 km (menos de 100g de CO2/km), O Clio E-TechP pesa apenas mais 10 kg que uma versão não eletrificada e não perde espaço na mala devido à bateria, que está sob o banco traseiro.
O Clio híbrido é apenas identificado por um pequeno logótipo "E-Tech" colocado no pilar B e no portão traseiro.
O painel de instrumentos inclui animações sobre o funcionamento do sistema híbrido e nível de carga da bateria. O seletor da caixa é diferente, enquanto o botão Stop & Start foi substituído por um botão de atalho para o modo elétrico.