Lembra-se? Cinco inovações técnicas que se revelaram um fracasso

A indústria automóvel é pródiga na introdução de soluções tecnológicas avançadas. Conheça cinco inovações técnicas que foram um fracasso.

A indústria automóvel é pródiga na introdução de soluções tecnológicas avançadas. No entanto, algumas acabaram, também, por não vingar. Conheça cinco inovações técnicas que foram um fracasso.

A indústria automóvel tem vindo a fazer importantes progressos tecnológicos nas últimas décadas que se tem vindo a traduzir na introdução de novas soluções como a eletrificação, a condução autónoma e a digitalização.

Muitas das inovações foram um sucesso e generalizaram-se, mas algumas outras não correram tão bem e foram mesmo um fracasso.

Algumas inovações prometiam ser revolucionárias, mas acabaram por ser retiradas porque não cumpriam os objetivos propostos, passando à história.

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Há casos em que se procura recuperar o conceito e adaptá-lo à nova realidade, enquanto outros dispositivos ficam mesmo relegados para uma nota de rodapé na história da indústria automóvel.

Vejamos cinco conceitos que, aparentemente, tinham tudo para dar certo, mas acabou por não ser esse o caso.

Motor Wankel

O motor rotativo Wankel foi durante muito tempo uma esperança para a indústria automóvel porque oferecia uma elevada potência e eficiência.

Graças à simplicidade do seu desenho, sem pistões, e à capacidade de gerar um movimento rotativo em redor de um eixo da cambota fixa, este sistema prometia um maior refinamento e elevada fiabilidade.

Motor Wankel da Mazda

O sistema foi sendo patenteado ao longo da sua vida: em 1929 foi patenteado por Félix Wankel e algumas marcas, como a NSU ou mais tarde a Mazda, abraçaram esta tecnologia.

Por fim, o seu protagonismo começou a diminuir. O consumo de combustível e de óleo era maior, enquanto a entrega de potência era mais linear e menos contundente, sobretudo quando se entrou numa era dos motores turbo.

Atualmente, só a Mazda utiliza os motores Wankel, mas como um assistente para carregar as baterias dos veículos eletrificados.

Porta lateral elétrica

A porta deslizante do Peugeot 1007 é um dos maiores fracassos técnicos de sempre da indústria automóvel. O conceito até era interessante, pois uma porta deslizante num veículo citadino facilitava a entrada e a saída, especialmente em locais mais apertados.

Para otimizar o funcionamento, a porta era acionada por um motor elétrico para abrir e fechar as portas de forma automática, recorrendo a um botão.

Peugeot 1007

Na prática, o sistema acabou por não ter sucesso. Em primeiro lugar devido ao elevado número de avarias e depois porque o acréscimo de peso penalizava o veículo, a nível de prestações e de consumo de combustível.

A Peugeot perdeu quase dois mil milhões de euros com o 1007 e não quer voltar a ouvir falar em portas de correr elétricas num veículo de segmento A nem qualquer outra marca.

Faróis de néon

Os faróis transformaram-se num elemento crucial da indústria automóvel. Não só é um importante elemento de segurança, mas também um factor estético inquestionável. O desenho dos faróis pode alterar o espírito do automóvel e no início do Século XX começou-se a trabalhar bastante nesta área.

BMW Z8 com faróis de néon

Os faróis de xénon, estreados pela Osram no BMW Série 7 de 1991, rapidamente se popularizaram. Quase dez anos depois, em 2000, a BMW procurou ser revolucionária com o BMW Z8, um automóvel inovador e diferente. Uma das novidades técnicas eram os faróis de Néon nas luzes de presença traseiras.

Esta tecnologia era popular desde a década de '20, mas em automóveis era uma estreia. Um ano depois, o Lancia Thesis voltou a apostar nesta solução, que paulatinamente acabou por ir desaparecendo porque era uma tecnologia cara e instável. A entrada em cena dos LED acabou definitivamente com os faróis néon.

Rádio Digital Terrestre

O rádio digital terrestre (DAB) é outra tecnologia que acabou por não ter o sucesso esperado. O sistema não evoluiu e a sua presença é praticamente nula. Todavia, é uma tecnologia que ainda pode melhorar e ganhar popularidade.

Alerta de fadiga

Muitos veículos novos vêm equipados com o Alerta de Fadiga. O sistema não é propriamente um fracasso, mas o problema é que ninguém liga aos seus avisos.

O sistema leva em conta as horas de condução e em alguns casos chega a aconselhar o condutor a tomar um café.

Não deixa de ser uma ferramenta que pode ser útil, mas simplesmente é ignorado pela maioria dos condutores.