Saiba quais foram os cinco automóveis mais caros vendidos em leilão no ano de 2022. Nós damos a conhecer e a lista não deixa de surpreender, nem que seja pelos valores envolvidos. Será de referir que nem todos são clássicos e alguns conquistaram muitas vitórias em pista.
Durante o ano de 2022 ocorreram vários leilões de automóveis, embora alguns tenham alcançado um maior interesse por parte da comunicação social do que eles. Os leilões que mereceram títulos de destaque foram protagonizados por automóveis cujas licitações atingiram valores recorde.
Com base em dados recolhidos pelos nossos colegas espanhóis do DiarioMotor revelamos quais foram os cinco automóveis mais caros de 2022, sendo que nem todos eram clássicos ou modernos hiperdesportivos.
Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut Coupé (1956) - 135 milhões de euros
O Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut Coupé foi o carro mais caro do mundo vendido em leilão. Em 1956, quando a marca alemã fabricou duas unidades de estrada do Mercedes-Benz 300 SLR, uma delas foi batizada como "Red" devido à cor dos revestimentos e a outra "Blue" pelo mesmo motivo.
A esta denominação foi acrescentada o apelido do responsável de testes da marca germânica Rudolf Uhlenhaut. Durante os últimos 67 anos, o veículo esteve no museu de Estugarda e foi a primeira vez que um destes exemplares foi colocado à venda. A licitação começou nos 50 milhões de euros e acabou nos 135 milhões de euros, tornando-se este automóvel no mais caro de sempre a ser vendido em leilão.
Ferrari 410 Sport Spider (1955) - 22 milhões de euros
O Ferrari 410 Sport Spider foi um dos protótipos desenvolvidos pela marca italiana para participar na Corrida Panamericana de 1955…mas acabou por não alinhar. A casa de Maranello produziu apenas duas duas unidades e esta, em concreto, foi a viatura com que Carroll Shelby ganhou mais corridas na sua carreira desportiva: oito vitórias e oito pódios.
Dotado com um motor V12 de 4,9 litros e três carburadores Weber 46 DCF, o seu volante passou igualmente pelas mãos de pilotos como Jo Bonnier, Juan Manuel Fangio, Richie Ginther, Nasten Gregory e Phil Hill.
Ferrari F2003-GA (2003) - 14 milhões de euros
O último lugar do pódio é ocupado por um monoposto que dispensa apresentações. O Ferrari F2003-GA foi um monolugar que levou Michael Schumacher à conquista do seu sexto (e penúltimo) Mundial de Fórmula 1 em 2003.
O monolugar recebeu as iniciais de Gianni Agnelli (GA) e, até agora, é o Fórmula 1 mais caro da história. A Ferrari manteve-o sempre em perfeitas condições e de tal forma que está pronto para entrar em pista, como o demonstrou Mick Schumacher.
Talbot-Lago T150-C-SS Goutte d'Eau (1937) - 12,57 milhões de euros
Desde o ano de 1950 foi a primeira vez que foi colocado à venda e superou todas as expectativas. O Talbot-Lago T150.S-SS Goute d'Eau foi cuidadosamente restaurado em 2000 para voltar a ter o aspeto original e a combinação de cores quando saiu de fábrica.
A sua exclusividade tem origem nas formas da carroçaria: é uma das poucas assinadas por Figoni et Falashi. O seu exterior pertence à série "Modèle New York", da qual existem atualmente duas unidades em todo o mundo. Se isto não fosse suficiente, este Talbot-Lago T150-C-SS Goutte d'Eau é o único desses dois exemplares que ainda está intacto.
Bugatti Type 57S Atalante (1937) - 10 milhões de euros
O Bugatti Type 57S Atalente foi sempre um dos modelos mais cotados da marca francesa. Um dos motivos é ter sido desenhado pelo próprio Jean Bugatti, que projetou o coupé de dois lugares.
Apenas foram fabricadas 17 unidadee e o "S" do seu nome revela uma caraterística única deste modelo: o centro de gravidade era mais baixo do que o modelo de série e também era mais desportivo. Além disso, por baixo do capot encontra-se um motor de oito cilindros em linha atmosférico de 3,3 litros, que estava preparado para debitar cerca de 220 cv.