Continuam os escândalos associados às emissões envolvendo a Volkswagen, a Daimler e a BMW. O novo capítulo assume um contorno atroz, após ter sido noticiado que uma entidade suportada por estes fabricantes germânicos realizou testes de emissões com macacos. O CEO da Volkswagen reagiu, condenando tais práticas. A recente revelação de que macacos foram utilizados para a realização de um estudo – obrigando-os a inalar os gases expelidos por escapes – resultou numa nova polémica que envolve a Volkswagen, a Daimler e a BMW relacionada com as emissões. Conforme noticiado pela NY Times, uma entidade da U.E. que opera na área da saúde e ambiente no sector dos transportes, a EUGT, submeteu dez macacos à inalação de dióxido de carbono e outros gases expelidos pelo escape de um Volkswagen Beetle. O envolvimento dos fabricantes germânicos deve-se ao facto de serem os mesmos quem financia esta entidade, que se apressaram a repudiar esta metodologia. Matthias Müller, CEO da Volkswagen, manifestou a condenação de experiências em animais, reforçando a posição da marca de Wolfsburgo. "Os métodos praticados pelo EUGT são totalmente errados. Tudo isto demonstra mais uma vez que temos de considerar de forma sensível e séria as questões éticas. Na nossa companhia e na indústria. Há coisas que simplesmente não se fazem", sublinhou Matthias Müller, segundo o meio informativo CarScoops. A Volkswagen, recorde-se, distanciou-se "explicitamente de qualquer forma de crueldade sobre animais", admitindo que os "métodos científicos utilizados pelo EUGT são errados" e pedindo desculpa pelo sucedido. Tanto a Volkswagen como a Daimler comprometeram-se a realizar investigações internas e, do lado da BMW, o fabricante da Baviera referiu que não teve qualquer "influência no desenho ou metodologia do estudo" e assegurou que não realiza experiências em animais