Veículos Elétricos. Chinesa CATL está a desenvolver baterias sem níquel ou cobalto

O fabricante chinês Contemporary Amperex Technology (CATL) anunciou que está a desenvolver baterias para veículos elétricos, sem níquel ou cobalto.

Espécie de calcanhar de Aquiles nas atuais baterias dos veículos elétricos, as chamadas terras raras podem estar em vias de desaparecer destes componentes. Isto, porque, depois do da Bentley ter feito um anúncio do género, também o fabricante chinês Contemporary Amperex Technology (CATL) acaba de anunciar que está a desenvolver uma bateria para veículos elétricos, sem níquel ou cobalto.

Hoje em dia um componente imprescindível nas baterias utilizadas pelos veículos elétricos, o níquel e o cobalto fazem parte das chamadas terras raras, cuja extracção provoca fortes e nefastos efeitos, no meio ambiente em redor.

Apesar desta realidade, Elon Musk, o multimilionário dono da Tesla, realizou, no passado mês de julho, um apelo público à indústria mineira, para que extraia mais níquel, de forma a que os construtores automóveis possam ver os custos de produção das baterias reduzidos. Poupança que, depois, poderão reflectir no preço final dos veículos elétricos.

Numa intervenção durante a conferência da Associação de Construtores Automóveis da China, realizada em Xangai, no passado fim-de-semana, o Executivo Sénior da CATL, Meng Xiangfeng, anunciou que, as novas baterias da companhia, serão substancialmente diferentes das baterias de níquel-cobalto-alumínio (NCA) que a empresa atualmente produz. Ou, até mesmo, das atuais baterias de lítio-ion-fosfato (LFP) que a empresa fornece à Tesla, assim como da solução de níquel-cobalto-manganésio (NCM) também produzida.

No entanto e apesar destas garantias, Meng também não revelou, segundo a Reuters, muito mais detalhes relativamente às futuras baterias, garantindo, apenas, que não utilizarão terras raras como níquel ou cobalto.

De resto, importa igualmente referir que, a CATL, não é o único fabricante de baterias a procurar reduzir, ou até acabar, com a presença de terras raras nas suas baterias. Também outros fabricantes, como a Panasonic ou a LG Chem, têm vindo a enveredar por esse caminho.

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Ainda assim, tudo estes players parecem estar muitos distantes daquilo que a CATL tem procurado desenvolver, como é o caso de uma nova tecnologia que integra as células das baterias directamente na estrutura do Veículo Elétrico, como forma de garantir um aumento da autonomia.

A juntar a estas evoluções, o anúncio feito, em junho, pela companhia chinesa, de que está pronta para avançar com o fabrico de um pack de baterias para veículos elétricos, capaz de resistir por dois milhões de quilómetros.