Carros mais inseguros de 2024

Dacia Duster e Suzuki Swift são os carros mais inseguros de 2024, de acordo com o estudo mais recente do Euro NCAP. Mercedes Classe E...

Dacia Duster e Suzuki Swift são os carros mais inseguros de 2024, de acordo com o estudo mais recente do Euro NCAP. Mercedes Classe E, VW Passat e Tiguan, Skoda Kodiaq e Superb e Toyota CR-R, por outro lado, merecem confiança quase total.

O organismo que avalia as características de segurança dos automóveis à venda na Europa, o Euro NCAP, acaba de divulgar os resultados do seu estudo mais recente. No total, foram analisados 14 modelos, com o Dacia Duster e o Suzuki Swift a registarem os piores resultados: três estrelas.

Com a classificação máxima (cinco estrelas) surgem o Mercedes-Benz Classe E, os novos Volkswagen Passat e Tiguan, Skoda Kodiaq e Superb e Toyota C-HR. Foram igualmente testados modelos das chinesas Zeekr, Nio e Maxus (não disponíveis em Portugal) que obtiveram cinco estrelas, tal como o Honda CR-V (com o pack de segurança).

Quanto ao Ford Tourneo Custom (derivado de comercial mas com versão de passageiros) também não foi além das três estrelas.

Michiel van Ratingen, Secretário-Geral do Euro NCAP, comentou os fracos resultados obtidos pelo Dacia Duster e pelo Suzuki recordando que as duas marcas dão ênfase ao preço, o que explica a inexistência de dispositivos que evitariam as lacunas reveladas, e sublinha que, "os consumidores não devem ter dúvidas de que existem veículos concorrentes do Duster e do Swift disponíveis no mercado, que oferecem níveis de segurança consideravelmente mais elevados. Isto é algo a que não se pode atribuir um preço".

Em conformidade com a nova legislação europeia que obriga todos os automóveis a estarem equipados com sistemas de travagem de emergência autónomos, sistemas de aviso de saída da faixa de rodagem, limitadores de velocidade inteligentes e deteção de sonolência, Dacia e Suzuki passaram a incorporá-los nas novas gerações Duster e Swift.

Duster – Condutor desprotegido

No caso do Dacia, os testes do organismo europeu referem uma pontuação de 70% no que respeita à proteção dos ocupantes adultos, claramente abaixo da média do segmento e mesmo dos valores de segmentos inferiores.

No relatório é referido que, em caso de colisão, o habitáculo mantém a sua integridade, mas refere que o peito do condutor é gravemente afetado no caso de uma colisão frontal. É também referida como elemento negativo a ausência de qualquer dispositivo capaz de, em caso de colisão lateral, evitar o embate entre as cabeças dos ocupantes dos lugares dianteiros.

Já ao nível das pernas a proteção é classificada como boa, tanto para o condutor como para o passageiro ao seu lado. De referir, também que no caso da proteção das crianças, o Dacia obtém 84%. Mais modestas são as capacidades para proteger os peões (60%), bem como a classificação global para a eficácia dos sistemas de assistência (57%).

Suzuki – Atenção ao painel de instrumentos

Também no caso do Suzuki Swift o habitáculo manteve-se estável durante os testes de colisão. A proteção ao nível dos joelhos e parte superior das pernas é considerada como boa mas, ainda assim, os responsáveis pela avaliação consideram que a ausência de proteção especifica ao nível de painel de instrumentos pode suscitar riscos adicionais no caso do condutor.

Quanto aos resultados detetados ao nível peito do condutor são considerados fracos (marginal no caso do acompanhante). 

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Criticada é, também, a inexistência de qualquer dispositivo capaz de evitar o contacto entre as cabeças do condutor e passageiro, em caso de colisão lateral, bem como a ausência de um sistema de prevenção de impactos secundários após uma colisão.