O cumprimento total das regras de trânsito e a forma pouco natural como os veículos com piloto automático se comportam nas estradas está a levar aos limites da paciência os outros condutores A condução sem intervenção humana está a ser anunciada como um imenso avanço no campo da redução da sinistralidade rodoviária, algo que se explica porque em mais de 90% dos acidentes existe culpa dos condutores na ocorrência de acidentes. Mas nesta fase experimental da tecnologia, com o início dos testes em estradas públicas está a acontecer o oposto, pois a forma como estes carros se comportam está a levar aos limites da paciência os humanos. Na verdade, o problema está na forma como estas viaturas não tripuladas cumprem ao extremo as regras de trânsito que está na origem dos problemas, com os outros condutores a terem dificuldade em seguir ao ritmo (lento) a que estes carros se deslocam. Uma prova dessa situação está na quantidade relativamente alta de acidentes que envolvem veículos autónomos em que ocorreu um embate na traseira dos mesmos. Na Califórnia, único local do mundo onde é público o registo dos sinistros que envolvem veículos em piloto automático, num total de 31 ocorrências que aconteceram em 2016 verificou-se que 13 casos foram colisões na traseira de veículos autónomos.
CREL será palco para testes de condução autónoma
Os casos aconteceram principalmente em interseções de vias, como cruzamentos, em que o comportamento pouco natural dos veículos sem pessoas ao volante esteve na origem dos problemas. Por esse motivo, um dos atuais focos dos fabricantes está precisamente na melhoria da Inteligência Artificial para estes carros andarem pelas ruas, pretendendo alcançar um comportamento mais próximo dos humanos e intuitivo.
Saiba como os carros vão andar sozinhos no futuro
O responsável máximo da NUtonomy refere que esta situação não representa apenas um perigo atual mas também pode ter repercussões na futura aceitação da tecnologia de condução autónoma. "Se estes carros andarem de uma maneira que é totalmente distinta da forma como os outros condutores estão a guiar, no pior dos casos vão existir acidentes e na melhor das hipóteses frustação. Isto vai dar origem a uma menor probabilidade que o público venha a aceitar esta tecnologia". Veja também: Lebron James recrutado pela Intel para publicitar autónomos
CREL será palco para testes de condução autónoma
Os casos aconteceram principalmente em interseções de vias, como cruzamentos, em que o comportamento pouco natural dos veículos sem pessoas ao volante esteve na origem dos problemas. Por esse motivo, um dos atuais focos dos fabricantes está precisamente na melhoria da Inteligência Artificial para estes carros andarem pelas ruas, pretendendo alcançar um comportamento mais próximo dos humanos e intuitivo.
"Eles não conduzem como humanos..."
"... eles conduzem como robots", afirmou à Bloomberg um analista especialista em condução autónoma, Mike Ramsey. Continuando o seu raciocínio, referiu que os carros não-tripulados "agem de forma estranha e por isso são atingidos". O CEO da empresa de software de condução autónoma NUtonomy, Karl Iagnemma, explica que "é colocado nas estradas um carro que segue 'à letra' as leis rodoviárias, mas comparativamente a todos os outros condutores à sua volta ele está a ser demasiado conservador". Por isso Iagnemma conclui que "isto leva a situações em que os carros autónomos parecem peixes fora de água".Saiba como os carros vão andar sozinhos no futuro
O responsável máximo da NUtonomy refere que esta situação não representa apenas um perigo atual mas também pode ter repercussões na futura aceitação da tecnologia de condução autónoma. "Se estes carros andarem de uma maneira que é totalmente distinta da forma como os outros condutores estão a guiar, no pior dos casos vão existir acidentes e na melhor das hipóteses frustação. Isto vai dar origem a uma menor probabilidade que o público venha a aceitar esta tecnologia". Veja também: Lebron James recrutado pela Intel para publicitar autónomos