As vendas de carros a gasolina superaram a venda de veículos a diesel pela primeira vez desde 2009 na Europa. As estatísticas remontam à primeira metade deste ano. O ataque ao diesel começa a refletir-se no mercado dos automóveis. Pela primeira vez desde 2009 na Europa, venderam-se mais automóveis com motores a gasolina do que os com motor a diesel. As restrições de circulação em algumas zonas de diversos países e o anúncio de várias nações da Europa que revelam a intenção em proibir viaturas recorrentes a gasóleo (e também a gasolina), tendo em vista a diminuição das emissões, deverão ser algumas das razões que motivaram as estatísticas. Durante o primeiro semestre deste ano a quota de venda de automóveis a diesel foi de 46,3%. Em período homologo do ano anterior, a quota fixava-se nos 50,2%. Em tendência inversa, este ano a quota de venda de automóveis novos a gasolina nos primeiros 6 meses deste ano foi de 48,8%, um aumento face à quota de 45,8% registada em igual período no ano anterior. Os 5,2% restantes dizem respeito á venda de veículos com combustíveis ou motores alternativos, entre os quais os híbridos, os elétricos, a GPL e a Gás Natural. Leia também: As três causas de morte dos diesel Em números concretos, no primeiro semestre de 2017 foram vendidas menos 152,323 viaturas novas a diesel e mais 328,232 veículos novos a gasolina, dados em comparação com igual período do ano anterior. São números que não devem surpreender os fabricantes, sobretudo tendo em consideração que alguns já tomaram medidas drásticas, como foi o caso do anúncio ao abandono dos motores diesel pela Volvo. Os dados foram revelados pela ACEA (European Automobile Manufacturers Association). Erik Jonnaert, Secretário Geral do organismo, prevê a escalada de combustíveis e motores alternativos na Europa, antevendo a adaptação dos construtores: "Propulsores alternativos terão, sem dúvida alguma, uma crescente importância nos meios de transporte e todos os fabricantes europeus estão a apostar fortemente. A este propósito, terá de ser feito mais para instigar os consumidores a comprar veículos alternativos". Seguindo esta lógica, o responsável dá como exemplo "o lançamento de incentivos e implementar infraestruturas de carregamento por toda a União Europeia". Leia também: Duas tecnologias que podem salvar os diesel