Carlos Tavares é crítico da norma Euro 7 e voltou a arrasar esta legislação, afirmando que não só é inútil como é um desperdício de dinheiro e tempo para as marcas.
O português Carlos Tavares, CEO da Stellantis, está em profundo desacordo com os limites das norma de emissões Euro 7 e não tem papas na língua quando se trata de criticar os decisores da União Europeia.
Relativamente aos limites mais baixos da norma Euro 7 de emissões de poluentes como óxido de azoto e monóxido de carbono, Carlos Tavares não hesita em dizer que são "inúteis" e contraproducentes numa altura em que a indústria automóvel se esforça para produzir automóveis elétricos mais acessíveis.
A nova norma Euro 7 deverá entrar em vigor em julho de 2025, mas os fabricantes afirmam que até lá não têm tempo suficiente para desenvolverem e homologarem linhas motrizes que cumpram os limites da legislação.
"Não é benéfico. É caro. Não dá vantagens aos consumidores. Não proporciona benefícios ambientais", afirmou Carlos Tavares numa mesa redonda com a imprensa antes da apresentação de resultados da Stellantis relativos a 2022. "A parte das emissões do motor de combustão interno é uma coisa que não faz qualquer sentido".
Acelerar a eletrificação
Carlos Tavares já tinha arrasado anteriormente os limites da norma Euro 7, afirmando que eram um desperdício de dinheiro e de tempo, já que iria obrigar os construtores automóveis a investirem em conversores catalíticos e em filtros de partículas, assim como em controlos eletrónicos para reduzir as emissões nos modelos de combustão que a União Europeia pretende proibir a partir de 2035.
LEIA TAMBÉM
"Não faz sentido". Carlos Tavares apela ao fim do Euro 7 pela eletrificação
O português adiantou que a Stellantis vai limitar ao mínimo as aplicações Euro 7 e, ao mesmo tempo, irá acelerar ao máximo a eletrificação. Contudo, Carlos Tavares não deixou de elogiar as propostas relativas às partículas oriundas das pastilhas de travão e dos pneus.
