Depois de já ter previsto que algo de maiores dimensões estaria a ser preparado, isto aquando do anúncio, em março último, da celebração de uma parceria tecnológica entre Honda e Nissan, eis que Carlos Ghosn, o homem que, em 1999, salvou a Nissan da bancarrota, volta a atacar a recém-anunciada fusão entre as duas companhias. Nomeadamente, qualificando-a de uma “aquisição disfarçada”.
Em declarações ao canal CNBC, o empresário franco-brasileiro de origem libanesa defende que “a Nissan está em pânico, à procura de alguém que os salve da atual situação, para a qual não conseguem encontrar, sozinhos, uma solução”. Já a Honda, “entra neste negócio com o propósito de, obviamente, dominar qualquer parceria que daqui possa resultar”.
No entender de Ghosn, “não há qualquer dúvida de que será a Honda a surgir no lugar do condutor. O que, para mim, não deixa de ser algo de muito triste, depois de ter liderado a Nissan durante 19 anos e tê-la trazido para a vanguarda da indústria, vê-la agora a ser vítima de uma carnificina, já que não há quaisquer dúvidas de que acontecerá uma duplicação total entre a Nissan e a Honda”.