Numa altura em que inicia a sua ofensiva nos mercados europeus, o fabricante chinês de veículos elétricos BYD anunciou uma impressionante subida nos lucros de 162%, em 2020. Embora e ao contrário do que seria de esperar, não decorrente da venda de automóveis, mas de um outro produto bem mais... procurado.
Num ano marcado pelo surgimento da pandemia de COVID-19, a BYD, um dos principais fabricantes de veículos elétricos da China, foi, também ela, obrigada a diversificar as suas operações. Sendo que, a par da produção de automóveis, a empresa passou a fabricar, igualmente.... máscaras de protecção.
Confrontada com a necessidade deste tipo de equipamentos de protecção pessoal, um pouco por todo o mundo, a BYD, que também em 2020 deu início à sua entrada nos mercados europeus, tornou-se, rapidamente e também, um fornecedor de máscaras anti-COVID-19, das quais já produz, atualmente, cerca de 50 milhões de unidades, por dia.
De resto e graças à capacidade produtiva de máscaras de protecção, noticia a agência Reuters, o fabricante automóvel conseguiu, ainda em 2020, um lucro líquido de 548 milhões de euros, valor que representa um aumento de 208 milhões de euros, face aos resultado registados em 2019.
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Aliás e já no que aos automóveis diz respeito, também a BYD terminou o ano transacto com uma queda nas vendas. Mais concretamente, de 7,5%, para um total de 426.972 veículos.
Estes resultados foram obtidos com o mercado chinês a cair 1,9%, para os 25,3 milhões de unidades, e que fez com que, mesmo com a excelente prestação da divisão de máscaras, a BYD tenha visto a sua receita descer 22,6%, para os 19,5 mil milhões de euros. Ainda assim, um pouco mais do que os 12,2 mil milhões de euros previstos, inicialmente, pelos analistas.
Apoiada pelo magnata norte-americano Warren Buffett, a empresa chinesa está, no entanto, confiante de que conseguirá aumentar as suas vendas de automóveis, em 2021, levando a que o lucro cresça 77,6%, só nos primeiros três meses do presente ano. Sendo que a Reuters refere ainda que a BYD tem previsto lançar um instrumento financeiro para financiamento das dívidas, no valor de 6,4 mil milhões de euros.