Revela relatório. Bugatti suspende desenvolvimento de segundo modelo

A Bugatti acaba de suspender a decisão sobre um segundo modelo, mais funcional e acessível. A justificação oficial prende-se com o COVID-19.

Depois de uma fase em que todos os indicadores apontavam no sentido contrário, eis que, notícias recentes, garantem que, a decisão sobre um segundo modelo da marca de Molsheim, um Bugatti mais funcional e, quiçá, até (mais) acessível, acaba de ser, mais uma vez, adiada. Embora e desta feita, por razões bem conhecidas...

A notícia é avançada pela agência noticiosa Bloomberg, que, citando um documento interno da Bugatti, avança que a marca de superdesportivos de hiper-luxo, decidiu já adiar a decisão quanto ao àquele que será o seu segundo modelo. O qual e segundo alguns rumores já surgidos, será um Bugatti mais versátil e funcional, além de (ligeiramente) mais acessível.

Ainda segundo a mesma fonte, a decisão terá sido adiada, pelo menos, até ao evento anual de revisão do plano de investimentos do Volkswagen Group, agendado para o próximo mês de Novembro.

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Quanto às razões, foi o próprio CEO da Bugatti, Stephan Winkelmann, a revelar, em entrevista à Bloomberg TV, que "tivemos conversações sobre a inclusão de um segundo modelo na oferta da Bugatti. No entanto, tudo isto acabou bloqueado pela crise do coronavírus; aliás, neste momento, o tema de conversa já não é o que virá de novo".

COVID-19... ou estratégia financeira?

Apesar da justificação agora dada por Winkelmann, a verdade é que, assim que os primeiros rumores de cancelamento do segundo modelo surgiram, foram muitos os que acreditaram que tal era um resultado das notícias também recentes, de que o Volkswagen Group estará a repensar a viabilidade de algumas das suas marcas mais exclusivas, como a Bugatti, a Lamborghini, ou até mesmo a Ducati.

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Ainda de acordo com os mesmos rumores, o grupo alemão pretende direccionar os seus investimentos para a Mobilidade Elétrica. Decisão que vem colocar, de certa forma, em causa, as necessidades de investimento daquelas que são as marcas mais estatutárias, mas também com menores vendas, no seio do grupo alemão.

"O melhor ano de sempre"

Contudo e a procurar contrariar esta realidade, surgem as declarações do CEO da Bugatti, segundo as quais a marca de Molsheim se prepara para apresentar as contas daquele que terá sido o seu "melhor ano de sempre", em termos de vendas.

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De resto e mesmo sem mostrar ainda quaisquer números, Winkelmann não deixa de garantir que a Bugatti encara o próximo ano com "tranquilidade", graças, desde logo, ao número de encomendas que já tem entre mãos, para 2021.

Aliás e segundo o mesmo responsável, neste momento, em que ainda faltam mais de dois meses para o final de 2020, entre 70 a 80% da produção planeada para 2021, está já vendida.