A Bugatti vai adiar o debate sobre a produção de um segundo modelo, mais acessível, também como forma de centrar a sua atenção numa mais eficaz gestão de tesouraria. Pelo menos, durante o resto deste ano.
Para o presidente da Bugatti, Stephan Winkelmann, tanto a imagem, como o reconhecimento, que o emblema de Molsheim possui hoje em dia, ajudariam, certamente, a lançar outro modelo, mais prático e mais acessível do que o seu hiper-carro Chiron. O qual custa qualquer coisa como 2,52 milhões de euros.
No entanto, o responsável também é da opinião que, mesmo os clientes muito ricos, podem não estar dispostos a gastar mais dinheiro em mais um hiper-carro, em momentos como o que vivemos atualmente.
"Por enquanto, precisamos de deixar essa questão de lado. Dadas as condições económicas predominantes, a nossa maior prioridade é a liquidez", disse Stephan Winkelmann à Autonews Europe.
Em novembro, o chefe da Bugatti tinha adiantado que, um possível segundo modelo, passaria por um veículo elétrico, um "grand tourer" ou um "crossover".
Esta nova proposta teria capacidade para até quatro pessoas e um preço entre os 500 mil e um milhão de euros.
Ainda assim, não seria um SUV puro, nem um sedã, já que, os bancos traseiros, teriam de ser, pelo menos, grandes o suficiente, para acomodar crianças.
"Queremos fazer algo diferente"
"Não vamos entrar na tendência generalizada dos SUV, queremos fazer algo diferente", disse um responsável da empresa. "Mas o carro também não será um sedã", acrescentou.
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Um segundo modelo iria, também, fazer disparar a produção anual da construtora francesa, atualmente fixada em 100 unidades, para cerca de 900 unidades. O que exigiria um investimento considerável, no que diz respeito a recursos humanos e capacidade produtiva extra.
No ano passado, a Bugatti registou volumes recordes de produção, receita e vendas, além de uma margem operacional de dois dígitos, revelou Stephan Winkelmann, sem entrar em detalhes.