Com a Rimac à espreita. Volkswagen AG decide futuro da Bugatti ainda este ano

Com o futuro em suspenso, a Bugatti ficou a saber, pela voz do CEO da Porsche, que uma decisão definitiva surgirá na primeira metade de 2021.

Fabricante de hiperdesportivos mais exclusivo no seio da Volkswagen AG, a Bugatti continua com o seu futuro em suspenso. Depois da confirmação, por parte do próprio grupo alemão, de que a marca de Molsheim não tem a continuidade assegurada , surge agora a informação que uma decisão definitiva surgirá ainda na primeira metade de 2021. Não estando afastada a possibilidade do futuro da marca estar ligada à elétrica Rimac.

A verdade é que os rumores já têm algum tempo, depois de terem surgido, pela primeira vez, em setembro de 2020.

Na altura, fontes internas do maior grupo automóvel europeu revelaram que, algumas das marcas mais exclusivas do grupo Volkswagen, como é o caso da Lamborghini ou da Bugatti, tinham o seu futuro, no seio do grupo, em perigo, devido à nova estratégia de eletrificação.

Oliver Blume acredita que o futuro da Bugatti ficará resolvido ainda na primeira metade de 2021

Mantida a incógnita, eis que, agora, é o CEO da Porsche e membro do Conselho de Administração da Volkswagen AG, Oliver Blume, que, em entrevista à alemã Automobilwoche, a "acrescentar" que a decisão final sobre a Bugatti será tomada em breve. Quão em breve? "Acredito que ficará decidido, no seio do grupo, ainda durante a primeira metade de 2021", afirmou.

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De resto, Blume admitiu, igualmente, a hipótese do pequeno fabricante de superdesportivos elétricos Rimac poder vir a desempenhar um papel no futuro da Bugatti, até porque, defendeu, as duas marcas "encaixam-se perfeitamente em termos tecnológicos"

Contudo, o CEO da Porsche também atalhou que, neste momento, nada está decidido a Volkswagen AG está a "analisar vários cenários, com diferentes soluções estruturais", sendo, por isso, prematura falar que a Bugatti irá mudar de mãos.

"Neste momento, decorrem debates intensos sobre a melhor forma da Bugatti poder evoluir", afirmou Oliver Blume.

Bugattis 100% elétricos?... A hipótese continua no ar

Ainda assim e no caso do futuro ser em conjunto com a Rimac, o mais certo é que a Bugatti venha a adoptar a eletrificação plena, aproveitando o know-how de um pequeno fabricante que, desde a sua fundação, em 2009, sempre optou por sistemas de tracção 100% elétricos.

Aliás, a mais-valia em que as motorizações da Rimac se têm transformado, levaram já a Porsche a investir na compra de uma posição accionista no pequeno construtor croata, entretanto aumentada para 15,5%, estando, neste momento, a ponderar a possibilidade de poder vir a tornar-se o segundo maior accionista fabricante, logo atrás do seu fundador, Mate Rimac. Neste caso, adquirindo até 49% da totalidade da companhia com sede em Sveta Nedelja, Croácia.

Hoje em dia já com uma influência alemã, a Rimac pode vir a desempenhar um papel ainda mais influente, dentro do Volkswagen Group

No entanto e a poder interferir com os plano da Porsche, e, consequentemente, da Volkswagen AG, surge o sul-coreano Hyundai Motor Group, detentor também das marcas Kia e Genesis, o qual investiu já cerca de 80 milhões de euros na Rimac, juntamente com a qual pretende acelerar o desenvolvimento dos seus veículos elétricos mais desportivos.

Face a esta possível disputa, resta, agora, saber, para que lado se voltará o pequeno fabricante croata... do qual, pelos vistos, também depende o futuro da Bugatti.