Marca automóvel que é também um dos pináculos no que ao luxo desportivo diz respeito, a Bugatti decidiu convidar 18 dos seus clientes para aquilo que pode ser considerado a experiência de uma vida: conduzir os seus carros a mais de 400 km/h, numa pista em pleno Centro Espacial Kennedy.
O objectivo, conforme fez questão de assinalar a marca de Molsheim em comunicado, passou por proporcionar, a alguns dos proprietários de modelos Bugatti, um momento de que dificilmente algum dia disporiam. Nomeadamente, percebendo, ao volante, o quão rápido os seus carros conseguem andar.
No entanto e conforme também refere a Bugatti, o objectivo inicial começou por ser a realização de uma série de testes aerodinâmicos, em linha recta, em 4,8 km da pista localizada na Florida. Sendo que, foi só quando surgiu a oportunidade de dispor da totalidade do traçado, localizado em pleno Centro Espacial Kennedy, que a marca francesa decidiu reformular os planos e convidar alguns donos do modelo Chiron, para ali colocarem à prova os seus bólides.
"Há apenas alguns anos atrás, atingir os 400 km/h de velocidade ao volante, era algo que exigia meses de preparação cuidada, a participação dos melhores pilotos do automobilismo, mas também as condições mais favoráveis", recorda o presidente da Bugatti Automobiles, Christophe Piochon.
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No entanto, "hoje em dia, num mundo como o dos nossos hiperdesportivos, meticulosamente projectados e construídos, conseguimos oferecer aos nossos clientes, com toda a segurança, uma experiência que poucas pessoas no mundo alguma vez terão", acrescenta o mesmo responsável, salientando, ainda, o facto de, "a maior parte deles, ter tido a oportunidade de alcançar este momento ao volante dos seus próprios carros".
As exigências dos 400 km/h
De resto e embora a confiança na capacidade do Chiron possa parecer ilimitada, a verdade é que os proprietários não foram atirados para a pista, sem qualquer indicação ou recomendações. Pelo contrário, não deixaram de receber algumas dicas de um piloto de testes da Bugatti.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/BugattiDesafio402km_h2023_clientes.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/BugattiDesafio402kmh2023_pistaKennedy.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/BugattiDesafio402kmh2023_latfrteandar.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/BugattiDesafio402kmh2023_comandosvelocidade.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/BugattiDesafio402kmh2023_comemoração.jpg]Aliás, ao atingirem os prometidos 402 km/h, os "pilotos de ocasião" estão, não só a percorrer o comprimento de um campo de futebol em apenas 1 segundo, como também a sofrer forças de 1G no corpo, tendo, ainda, de liderar com um afunilar da visão e um rápido atingir das referências ao longo do trajecto. Algo que os obriga a olhar sempre mais para a frente na estrada do que estão habituados, de forma a antecipar o percurso e momentos pré-estabelecidos, como é o caso do ponto a partir do qual deverão começar a travar.
Por outro lado e para poderem conduzir a esta velocidade, os clientes tiveram de levar consigo a sua chave que desbloqueia a velocidade máxima do Chiron, mas que também faz com que o carro mantenha uma verificação automática e permanente, a todos os orgãos vitais, de forma a estar preparado para atingir tais velocidades.
Entre as acções tomadas, está, por exemplo, a redução da distância ao solo para o mínimo, de forma a obter a garantir uma maior ajuda da aerodinâmica para atingir os 402 km/h de velocidade pretendida. Objectivo em que, o alcançar dos 300 km/h é feito em apenas 11 segundos, enquanto o resto do "percurso" demora um pouco mais. Isto, apesar do Chiron ter como velocidade máxima anunciada, um valor ainda mais alto do que 402 km/h...