O dia 31 de Janeiro marcou o divórcio do Reino Unido com a União Europeia. Saiba como o Brexit já está a afectar o 'modus operandi' de marcas como a Mini.
Ainda antes da separação ter sido oficializada, já o Brexit fazia estragos no tecido industrial do Reino Unido. Cortes no pessoal e nos salários, foram algumas das medidas adoptadas por marcas como a Ford ou a Honda, na esperança de se prepararem para o momento decisivo.
Desenvolver uma nova plataforma custa à volta de mil milhões de euros
Numa entrevista concedida à Reuters, um representante da BMW (empresa-mãe da Mini) revelou que uma das consequências do Brexit, será o aumento do ciclo de vida dos modelos da Mini, para além dos 6 anos, anteriormente predefinidos.
Maximilian Schoeberl, Director de Assuntos Corporativos da marca bávara, confirmou que esta decisão foi tomada "por causa do Brexit". Com o corte nos custos de desenvolvimento de uma nova geração, aliado a outras medidas, a BMW espera poupar 12 mil milhões de euros até 2022.
De acordo com o analista Juergen Pieper, o desenvolvimento de uma nova plataforma automóvel custa à volta de mil milhões de euros. E sem falar no aumento de custos que implica a transição energética.
Pieper acredita gama moderna tem de ser constantemente actualizada de forma a ir ao encontro dos novos regulamentos e restrições. Para além desse aspecto, o mercado actual obriga a que muitos modelos sofram actualizações constantes de forma a permanecerem rentáveis.
Mini eléctrico chega a Portugal em Março
Ainda focados nesta geração, a Mini prepara-se para lançar o Mini eléctrico em Portugal, daqui a cerca e um mês. Esta é uma das grandes apostas do emblema britânico, em reverter os resultados negativos do último ano. Neste verificou-se um decréscimo da procura em 4,1%, o que se traduz em menos 346,639 viaturas vendidas, em relação ao período homólogo.
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