Procurando reduzir a dependência da indústria automóvel de fornecedores de chips externos, a Bosch vai investir nas suas unidades de produção na Alemanha e Malásia
Quando se pensava que os confinamentos e restrições económicas seriam o principal desafio do sector automóvel no início desta década, a escassez de chips veio adicionar um novo patamar de dificuldade à atividade do sector. Agora a Bosch dá um passo para ajudar a resolver este problema e vai investir a partir de 2022 mais 400 milhões de euros no reforço da capacidade de produção de chips.
Inaugurada em junho deste ano, e fruto de um investimento de mil milhões de euros, a unidade da Bosch de Dresden vai agora receber mais 300 milhões de euros para aumentar a sua capacidade de produção de chips de 300mm de dimensão. Além disso, serão alocados mais 50 milhões de euros para a fábrica de Reutlingen, com foco na produção de chips de 200mm. Esta unidade vai ganhar 4000 m2, com a criação de uma nova sala limpa, e vai contratar mais 150 funcionários.
Também as instalações da Bosch em Penang, na Malásia, serão alvo de um investimento. Até 2023 a área útil será expandida em 14.000 m2, que se vão destinar a um novo Centro de Testes para sensores e chips semicondutores acabados. Deste espaço fazem parte "salas limpas, escritórios, pesquisa e desenvolvimento e instalações de formação para até 400 associados". A entrada em funcionamento das novas instalações está prevista para 2023.
Um dos principais objetivos deste investimento da Bosch é reduzir a dependência externa da indústria automóvel relativamente ao fornecimento de chips. Segundo explicou Volkmar Denner, do Conselho de Administração da empresa germânica, "a procura por chips continua a crescer a uma velocidade vertiginosa. À luz dos desenvolvimentos atuais, estamos a expandir sistematicamente a nossa produção de semicondutores para que possamos fornecer aos nossos clientes o melhor suporte possível".