Ao longo dos próximos dois anos vão surgir quarenta novidades para a gama do fabricante germânico, onde se destaca a aposta nos segmentos de topo e também na mobilidade elétrica. O Grupo BMW vai lançar a mais impressionante ofensiva de produto da sua história para tentar recuperar a liderança nas vendas de automóveis premium em todo o mundo e desalojar a sua rival Mercedes-Benz dessa posição. O construtor de Munique irá lançar 40 modelos novos ou atualizados até 2019, começando pelo crossover compacto X2 e pelo X7, que chega no final do ano, e focando-se principalmente no ataque aos segmentos de topo do mercado e nas propostas de menor impacto ambiental. A mobilidade elétrica também constitui um pilar importante na estratégia de crescimento da marca, e os bávaros esperam já em 2017 superar a fasquia dos 100.000 veículos de emissões 0 comercializados, mantendo o atual ritmo de crescimento que permitiu duplicar as vendas para 62000 unidades em 2016. Mas a BMW promete mais, e o seu CEO, Harlad Krueger, afirmou que "O Mini e o X3 elétricos vão marcar o início da segunda fase de eletrificação do Grupo BMW, beneficiando do progresso tecnológico que estamos a fazer nessa área". Esta tinha sido uma situação já anteriormente analisada pelo responsável máximo da marca bávara, quando referiu que enquanto os seus rivais premium germânicos estão a dar os primeiros passos no mundo da mobilidade elétrica, a marca está já a avançar para um segundo patamar, graças aos conhecimentos obtidos com o BMW i3. Os objetivos são claros, e é indicado que o grupo com sede na Baviera inicia"a maior transformação de sempre na companhia". Isso mesmo afirmou Harald Krueger, CEO da BMW, em declarações ao Automotive News, adiantando que a empresa necessita de investir que parte significativa dos ganhos obtidos nas vendas para financiar a transição dispendiosa para veículos elétricos e autónomos. Não obstante, a rendibilidade continua a ser o fator mais importante nas vendas, referiu o Nicolas Peter, diretor financeiro da BMW. As vendas da BMW aumentaram 5,2% em 2016 para dois milhões de veículos, menos 80 mil do que o seu concorrente Mercedes-Benz, que registou um crescimento de 11% em todo o mundo. Texto: Carlos Moura Artigo publicado originalmente no Facebook da Revista Turbo Frotas.