Depois das versões elétricas e electrificadas, a BMW prepara a apresentação da mais recente variação do seu SUV X5, o iX5 Hydrogen, no Salão Internacional do Automóvel de Munique, em setembro. Presença em que o SUV a hidrogénio não se limitará, apenas, a mostrar-se, mas sujeitar-se-á ao escrutínio dos visitantes.
De resto e segundo avança a própria BMW, o iX5 Hydrogen não se limitará a, simplesmente, mostrar-se ao muito público que é esperado no mais importante salão automóvel a realizar, este ano, em solo germânico.
Pelo contrário, o primeiro X5 a hidrogénio estará, igualmente, disponível, para pequenas deslocações no recinto, também como forma de familiarizar o público, com a tecnologia.
A par desta iniciativa, a BMW revela, ainda, que pretende fabricar um pequeno número de unidades deste modelo, para utilização em acções de demonstração, ao longo de 2022.
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Sobre este BMW iX5 Hydrogen, é possÍvel revelar, desde já, que anuncia uma potência máxima a rondar os 228 cv, embora com a possibilidade de, "em momentos mais desportivos", chegar, ainda que apenas momentaneamente, aos 374 cv de potência.
A marca de Munique revela, ainda, que o modelo conta com dois depósitos de hidrogénio, construídos em plástico reforçado por fibra de carbono, capazes de albergar, em conjunto, 6 kg de hidrogénio. Os quais, uma vez gasta a sua capacidade, podem ser reabastecidos em cerca de três a quatro minutos.
Passando ao aspecto estético e porque este iX5 Hydrogen tem como base o renovado BMW X5, linhas muito semelhantes às das versões a gasolina e Diesel, ainda que, pontuadas, aqui e ali, na mesma cor identitária das versões elétricas, BMW i Blue.
É o caso, por exemplo, da grelha frontal do tipo duplo rim, das jantes ou até mesmo dos pára-choques dianteiro e traseiro. Soluções que acabam tendo correspondência, também, no habitáculo, onde passa a surgir, nas peseiras, painel de instrumentos e tablier, a designação "hydrogen fuel cell".
Sobre os pneumáticos, de origem Pirelli, recorrem a borracha natural e fibra celulósica de nome Rayon no seu fabrico, além de outras matérias-primas, conformes com as determinações do Forest Stewardship Council (FSC). Sendo montados numa inesperadas jantes de 22", embora de design mais aerodinâmico.
Hidrogénio: uma solução complementar ao BEV
Recorde-se que a BMW acredita que o hidrogénio pode ser uma solução viável para o futuro da mobilidade zero emissões. Isto, desde que produzido com recurso a energia renovável e desde que exista uma infraestrutura suficientemente grande, capaz de permitir a sua afirmação.
Na opinião dos responsáveis da marca de Munique, a tecnologia de células de combustível de hidrogénio poderão coexistir com os veículos 100% elétricos a bateria, especialmente, em locais onde não seja fácil recarregar um Veículo Elétrico a Bateria (BEV em inglês).
De resto e fruto desta convicção, a BMW já trabalha nesta nova tecnologia há vários anos, tendo apresentado, ainda em 2019, o conceito i Hydrogen NEXT. Veículo em que trem de força Fuel Cell resultou de uma parceria com a Toyota.
Já este ano, a BMW deu início aos testes em estrada, com o iX5 Hydrogen, um pouco por toda a Europa, com o objectivo de iniciar uma nova etapa no desenvolvimento, quer dos sistemas electrónicos, quer da tecnologia de chassis, específica para cada modelo a criar com este sistema de propulsão.