Depois da Audi. BMW diz esgotada evolução tecnológica e deixa Fórmula E

A BMW acaba de anunciar o fim da sua presença no Mundial de Fórmula E, já no final da próxima temporada, por entender que já não se justifica.

Depois da surpresa chamada Audi, eis que a Fórmula E perde a sua segunda escuderia, em apenas três dias. Desta feita, a BMW, que, num curto e lacónico comunicado, acaba de anunciar o fim da sua presença no Mundial de FE, já no final da próxima temporada.

Embora reconhecendo as potencialidades da Fórmula E enquanto laboratório para desenvolvimento de novas tecnologias, que a marca bávara assume que tem vindo a aplicar nos seus veículos do dia-a-dia, a BMW considera que, "no que se refere aos avanços conseguidos no domínio das transmissões elétricas, o BMW Group considera ter esgotado todas as possibilidades de continuar a desenvolver esta tecnologia na Fórmula E, para futura aplicação nos seus modelos".

Ainda assim, o construtor de Munique não deixa de ressalvar o facto de, "os mesmos engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento das transmissões para veículos elétricos de produção, são também aqueles que são responsáveis pelas transmissões nos carros de corrida", naquilo que pode também ser visto como um aproveitamento do investimento feito pela marca, até ao momento, nesta competição.

No comunicado, a BMW destaca, igualmente, os avanços conseguidos em domínios como "a gestão e eficiência energética", no "software de electrónica de potência", assim como na "densidade de potência dos motores elétricos".

A terminar e a justificar, também, a decisão de abandonar a Fórmula E, uma anunciada mudança estratégica no seio do grupo, relativamente à mobilidade elétrica, e que passa por um reforçar das ambições, neste campo. Mais concretamente, assumindo como objectivo atingir o final de 2021, com mais de um milhão de veículos eletrificados comercializados. Número que, até 2030, deverá chegar aos sete milhões, sendo que, destes, dois terços deverão ser 100% elétricos.

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No entanto e apesar desta decisão, é expectável que a escuderia BMW i Andretti Motorsport não deixe de estrear, lá mais para o meio da temporada, a evolução do atual sistema de propulsão elétrica no BMW iFE.21. Até porque e com a saída no final da época de 2021, a equipa já não está sujeita à limitação, resultante da contenção de custos, de apenas poder fazer uma evolução da unidade motriz, durante as próximas duas temporadas.