Os dirigentes da marca alemã acreditam que a aposta não se deve focar exclusivamente nos eléctricos. O evento 'NextGen' promovido pela BMW, que decorre esta semana em Munique, promete dar muito que falar. Depois da apresentação do concept BMW Vision M next e da discussão das 'eDriveZones', o Grupo bávaro revelou a sua posição em relação à crise do Diesel. Klaus Froelich, membro do Grupo para o desenvolvimento, afirmou: "na melhor das hipóteses 30% do total das vendas a nível mundial serão relativas a veículos electrificados. Isto significa que os 70% restantes serão referentes a automóveis com motor a combustão". A BMW espera que o Diesel sobreviva pelo menos mais 20 anos e que os motores a gasolina pelo menos 30. Vemos áreas que carecem de infraestruturas ao nível dos postos de carregamento. Exemplos dessas áreas são, por exemplo, a Rússia, o Médio Oriente ou o interior da China. Assim, essas zonas estarão dependentes dos motores a gasolina por pelo menos mais uns 10 ou 15 anos" Froelich sublinhou ainda: "A transição para os eléctricos está sobrevalorizada. Os veículos eléctricos são mais dispendiosos em termos das matérias-primas necessárias para as baterias. E a despesa só irá crescer à medida que estas matérias-primas se tornarem mais escassas". Estes parecem ser problemas transversais no que diz respeito a motorizações, já que, de acordo com este membro do Grupo, a BMW vai deixar de produzir o bloco de très cilindros a diesel por este "ser demasiado dispendioso", à luz das novas normativas que dizem respeito a emissões. Já no campo dos motores a gasolina, o grupo diz que o V12 (que podemos encontrar em alguns Rolls-Royce) tem os dias contados. A marca bávara admitiu que ainda assim irá continuar a desenvolver blocos de quatro e de seis cilindros, mas que em nenhum caso estes serão equipados com mais de três turbos.