Motivo de inúmeros comentários e até alguma polémica, a nova linguagem de design da BMW, e em particular a sua nova grelha XXL, promete continuar a dar que falar. O que, no entanto, não significa que a marca de Munique possa vir a dar passo atrás; pelo contrário, garante o chefe de design Domagoj Dukec, a aposta na estética audaz é para continuar!
A garantia é dada pelo próprio designer-chefe da BMW, Domagoj Dukec, que, em declarações à Autocar, não deixa quaisquer dúvidas: apesar da polémica levantada, apesar das críticas à nova grelha, a mais recente linguagem de design nos carros da marca de Munique, é para continuar e aprofundar.
Depois de terem surgido informações contraditórias, segundo as quais a impressionante grelha do Série 4 e M3/M4, apenas estaria disponível nestes modelos, logo seguida da posição de que, afinal, era algo para generalizar, sendo que a BMW tinha a consciência de que seria impossível de agradar a todos, eis que surge o designer-chefe da marca, a assegurar que a polémica grelha, não desaparecerá, e até desempenhará um papel fundamental na estética dos futuros BMW.
"Se a intenção é criar algo que se destaque, então, temos de conceber algo que efectivamente se distinga e seja realmente diferente, do restante", afirma, em declarações à revista britânica, Domagoj Dukec. Acrescentando que, "se queremos, efectivamente, alcançar um certo tipo de clientes, temos de nos diferenciarmos. Nós não queremos agradar a toda a gente, em todos os mercados do mundo, mas, sim, agradar àqueles que são os nossos clientes".
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Aliás e sobre esta polémica, o próprio vice-presidente sénior para o Design no BMW Group, Adrian van Hooydoonk, assumiu já que o feedback do mercado pode por vezes, ser "brutal". O que, no entanto, não significa que o grupo automóvel esteja na disposição de mudar, por causa disso, sublinha o holandês.
No entender de van Hooydonk, esta contestação é normal e justifica-se com o facto da marca ter somado vários modelos de sucesso no passado.
"É normal surgir algum atrito, em particular, quando o produto antigo tem feito tanto sucesso", diz Adrian van Hooydonk, recordando que, "quando esse sucesso não surge, é mais normal mudar, até porque se torna algo de muito stressante para uma empresa".
No entender dos dois designers, o objectivo do design é, em última análise, criar automóveis que as pessoas queiram comprar, não que precisem comprar. Pelo que foram identificados dois grupos principais de clientes, que a BMW pretende atrair: os chamados criadores elegantes e os performers expressivos.
Os primeiros, são, segundo van Hooydonk e Dukec, tradicionalistas e tendem a preferir os carros de números ímpares, como o Série 3, Série 5 e Série 7, ao passo que, os segundos, gostam de carros como o novo M4 ou o X6. Resumindo: aí está a explicação!...