Apesar da boa aceitação de modelos como o Bentayga ou o Continental, a marca britânica de automóveis de luxo, Bentley, recusa aumentar o volume de produção. A prioridade são as margens, segundo afirmou o seu CEO Adrian Hallmark
A Bentley renovou a sua gama com os modelos Bentayga e Continental que têm vindo a registar uma boa aceitação no mercado.
Apesar deste sucesso, e ao contrário do que seria de esperar, a marca britânica de automóveis de luxo não pretende alcançar volumes de vendas mais elevados, privilegiando a exclusividade e a rendibilidade em detrimento de uma maior produção.
Este posicionamento foi confirmado recentemente pelo CEO da Bentley, Adrian Hallmark, a uma publicação especializada britânica, sublinhando que o objetivo da marca não é o crescimento anual das vendas. "Não queremos chegar às 15 mil unidades nem sequer às 13 mil", garantiu o executivo.
Adrian Hallmark acrescentou que o volume de vendas anual da Bentley é de dez mil unidades desde 2007. Nos sete anos, as vendas anuais situaram-se ligeiramente acima das dez mil unidades e em 2019 atingiram um total de 11.006 veículos.
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Com base nas declarações de Adrian Hallmark, o crescimento de 5% em 2019 terá sido apenas um 'acidente feliz' e não um objetivo que o fabricante britânico queria alcançar.
Prioridade às margens
O executivo adianta que a Bentley está a procurar melhorar a sua rendibilidade, apostando numa melhoria da margem da venda de cada automóvel em vez do aumento do volume de vendas. Por exemplo, o valor médio do Continental GT já é 22% superior ao do seu preço base.
O modelo mais vendido da Bentley em 2019 foi precisamente o Continental GT, que registou um aumento de vendas de 54% em comparação com o ano anterior, tendo contado com uma preciosa ajuda das versões Coupe e Convertible, equipadas com motor V8.
O segundo modelo mais vendido da Bentley no ano passado foi o Bentayga, que alcançou um aumento de 18% nas vendas face a 2018.