A Bentley já se prepara para o Brexit, que se adivinha ser difícil e prejudicial para a indústria automóvel do Reino Unido. As negociações do Brexit têm sido complicadas e no pior dos cenários pode não haver um entendimento entre o Reino Unido e a União Europeia. Esta falta de entendimento poderá ser, segundo Adrian Hallmark , CEO da Bentley, "muito prejudicial" para as contas anuais dos fabricantes automóveis britânicos e limitar a capacidade de investimento. As mudanças no comércio livre vão complicar a importação de peças e influenciar a capacidade de produção das marcas britânicas. A Bentley já se precaveu desta situação, reforçando o seu stock e mudando as encomendas do porto de Denver para o porto menos concorrido de Imminghan. Se Londres e Bruxelas não chegarem a um acordo até o final do ano, as marcas têm que considerar uma acumulação de stock, para se precaver contra a possibilidade das tarifas aduaneiras de 10% colocadas sem acordo (seguindo as regras da Organização Mundial de Comercio). A Bentley pondera também parar a produção nas fábricas durante alguns dias, e admite prolongar as paragens de Natal e de Pascoa, suavizando assim os inconvenientes inerentes ao encerramento das linhas de produção. Outra hipótese é reduzir a semana de trabalho para apenas quatro dias. A Bentley espera alcançar um recorde de vendas este ano, na ordem das 11.000 unidades vendidas. Mas enfrenta algumas dificuldades para chegar a esta meta , como os atrasos da chegada do modelo Continental GT e o desafio em certificar alguns veículos devido às novas regras de emissões. Uma tarefa difícil, será também, reverter as contas da empresa, que contam com um prejuízo de 80 milhões de euros nos seis meses iniciais do ano. Fonte: reuters.com