Depois das notícias segundo as quais a marca britânica do grupo Volkswagen pode vir a ficar na dependência da Audi, como forma de aproveitar a tecnologia desenvolvida pela segunda, eis que, agora, é a própria Bentley a anunciar uma importante mudança de rumo: em 2030, o fabricante de Crewe terá concluído a sua transformação numa marca 100% elétrica.
Assumindo a mudança de paradigma, a Bentley prepara-se, assim, para, nos próximos 10 anos, abandonar as motorizações com blocos exclusivamente térmicos, sem, com isso, abdicar do seu posicionamento de marca desportiva de luxo.
Assim e segundo anuncia a nova estratégia 'Beyond 100', o objectivo da Bentley passa por chegar a 2026, com todas as suas motorizações a beneficiarem de algum tipo de eletrificação, seja recorrendo a sistemas híbridos plug-in, ou PHEV, como o já disponibilizado no SUV Bentayga Hybrid, seja através de sistemas de propulsão 100% elétrico com baterias.
De resto, um ano antes, ou seja, em 2025, a marca de Crewe espera estar a lançar no mercado o seu primeiro modelo 100% elétrico. Proposta sobre a qual ainda não são conhecidos muitos detalhes, ainda que tudo aponte para que venha a ser baseada na mesma plataforma J1 utilizada pelo Porsche Taycan e pelo Audi e-tron GT.
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Já quanto às versões híbridas plug-in e embora o propósito passe por ter todos os modelos Bentley com uma versão deste tipo, em 2026, o construtor britânico espera poder apresentar novidades neste domínio, já no próximo ano. Sendo que, os rumores, apontam no sentido de que a primeira proposta do género a chegar seja o Bentley Flying Spur Hybrid, com sistema de propulsão idêntico ao proposto no Porsche Panamera E-Hybrid.
Quanto ao segundo modelo a receber uma motorização PHEV, deverá ser o Continental GT, permitindo, dessa forma, à marca, criar assim uma nova proposta de acesso à gama.
O fim dos estatutários V8 e W12
Infelizmente e com esta viragem rumo à eletrificação, condenadas parecem estar aquelas que são, desde há muito, as emblemáticas motorizações V8 e W12 do fabricante de Crewe. Algo que, tudo o indica, deverá acontecer ainda antes de 2030, mesmo que, até lá, possam vir a sofrer algum tipo de hibridização.
Contudo e até por questões de emissões, este tipo de motorizações a gasolina parecem ter o fim decretado, algo que terá como único aspecto positivo, a valorização que estas motorizações prometem vir a registar, num futuro não muito distante.