Um estudo efetuado pela equipa de consultadoria da gestora de frotas Ayvens revela que os veículos elétricos a bateria já são a opção mais competitiva para as empresas, já que preenchem 88% dos perfis de utilização. A única exceção são os veículos comerciais, onde o efeito da fiscalidade é nulo.
Os veículos elétricos são a escolha mais competitiva para as empresas em todos os oito segmentos de ligeiros de passageiros, revela a 5ª edição do estudo "Mobilidade 2024", elaborado pela equipa de consultadoria em Portugal da Ayvens, empresa que resultou da aquisição da LeasePlan pela ALD Automotive.
De acordo com este estudo, na quilometragem de referência para as frotas de 30 mil quilómetros por ano, os veículos elétricos apresentam-se como a tipologia mais competitiva nos ligeiros de passageiros, sendo a única exceção o segmento dos comerciais ligeiros, onde dominam as motorizações diesel. Uma explicação poderá ser a ausência de incentivos fiscais para este tipo de viaturas.
Relativamente aos ligeiros de passageiros, os veículos elétricos (BEV) preenchem 88% dos perfis de utilização contra 82% em 2023, conquistando espaço aos híbridos plug-in (PHEV), que se limitaram a uma quota de 7%, ficando os 5% para a gasolina.
As motorizações térmicas permanecem como a opção mais competitiva apenas em 18% dos perfis de utilização das frotas. Os três perfis de utilização onde a gasolina ainda tem justificação limitam-se ao segmento Utilitário SUV nos dez mil quilómetros por ano.
Quota quadruplicou em 2023
Nesta análise, que se destina a apoiar os clientes da Ayvens, na transição para a mobilidade elétrica foram considerados factores como os valores de aquisição do veículo, os gastos em combustível / carregamento, a tributação autónoma aplicada à utilização do veículo, entre outros.
Relativamente à evolução da quota de veículos elétricos geridos pela Ayvens, esta quadruplicou entre 2022 e 2023, o que significa que foi bastante superior à das vendas no mercado, onde se registou uma duplicação. Será de referir que 2023 ficará registado como o ano em que os veículos elétricos se tornaram na segunda motorização preferida dos portugueses, com uma quota de 18,3% das vendas, a seguir aos veículos a gasolina.
Os PHEV registaram um crescimento de 67% de 2022 para 2023, o que compara com um aumento de 76% na Ayvens para esta mesma motorização.
Um em quatro veículos contratados pela Ayvens no ano passado era eletrificado, com uma quota de 10% para os BEV e 15% para os PHEV. Esta aceleração da quota de motorização resulta já em 8% da frota circulante ou cerca de 10% se for tido em conta apenas os ligeiros de passageiros. Mas na produção de 2023, essa quota foi de 45%, tendo os BEV ultrapassado os BEV, com uma quota de 25% contra 20%.
Metade da carteira de encomendas
Atualmente, quase metade das encomendas em carteira da Ayvens veículos de passageiros são eletrificados (24% de BEV e 26% de PHEV), o que significa que um em cada dois veículos deste universo pode andar exclusivamente com recurso a baterias. "Estes resultados são extremamente encorajadores," afirma Ricardo Silva, diretor comercial da Ayvens Portugal.
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O mercado dos veículos elétricos está em expansão em toda a Europa, impulsionado pelo aumento das vendas, devido à maior oferta das marcas automóveis e das normas de CO2 da União Europeia," acrescenta.
"O inquérito realizado aos nossos clientes no âmbito deste estudo reforçou também que o crescimento dos veículos elétricos não é uma moda passageira, mas sim uma tendência que veio para ficar – mais de 50% dos nossos clientes já estão em transição para a mobilidade elétrica," sublinha o responsável.