Integração na AD reforça oferta da Autozitânia

A adesão ao Grupo AD representa para a Autozitânia um importante "upgrade" em termos de processos e o reforço da oferta de produtos.

A adesão ao Grupo AD representa para a Autozitânia um importante "upgrade" em termos de processos e o reforço da oferta em termos de gamas e produtos, como destaca Ricardo Venâncio, responsável pela Autozitânia que se mostra muito satisfeito com a decisão tomada.

A Autozitânia passa agora a integrar o Grupo AD e com isso reforça a sua oferta ao mesmo tempo que integra processos que permitem à empresa enfrentar o futuro de forma ainda mais confiante.

Ricardo Venâncio, responsável da Autozitânia, destaca mesmo o reforço da oferta de marcas premium, fundamentais para a bordagem ao mercado nacional, como são os casos da ZF e da Valeo.

Porque decidiram trocar a Temot pela AD Parts?

Sentíamo-nos muito bem com a Temot, tínhamos bons resultados, mas estávamos na chamada zona de conforto. Então colocou-se-nos a possibilidade de entrar na AD Parts e vimos que era um desafio que gostaríamos de enfrentar. Foi por isso que apostámos na AD. Não foi um processo rápido, nem tão fácil quanto gostaríamos, mas sabemos que são processos complexos.

Quero, no entanto, salientar que a nossa saída da Temot foi totalmente pacífica; só temos palavras de agradecimento para todos os amigos que ali deixamos e desejamos-lhes o melhor.

Mas estamos muito contentes de fazer parte da AD Parts; é um novo capítulo na nossa empresa. Estávamos a implementar muitas mudanças quando chegou a pandemia e, apesar de complicar um pouco, todas elas foram realizadas.

Quebra na atividade obrigou a tomar decisões

Como é que a Autozitânia viveu a fase mais crítica da pandemia?

Todos os nossos serviços e as nossas sucursais continuaram a trabalhar mas a verdade é que o impacto foi muito forte. No início do ano tínhamos definidos objetivos ambiciosos de crescimento e até ao final da primeira quinzena de março estávamos muito contentes com os resultados que estávamos a alcançar, os quais, inclusive, superavam os objetivos. No entanto, a semana de 22 de março foi a pior de sempre, com uma faturação que foi de apenas 10% face ao mesmo período do ano passado.

Ricardo Venâncio, administrador da Autozitânia

Esta quebra de atividade obrigou-nos a tomar várias decisões, como foi o caso da redução para metade dos serviços e rota, bem como a diminuição de quatro para duas no caso das entregas diárias.

Infelizmente, fomos também forçados a não renovar contratos dos trabalhadores que estavam a prazo e fomos ajustando as equipas em função da procura. Suspendemos o nosso turno noturno e organizámos o trabalho do armazém em dois turnos (manhã e tarde). Foi assim que estivemos durante os meses de abril e maio, sempre respeitando as medidas de segurança para todos os trabalhadores.

Mais marcas e mais linhas de produtos

Já iniciaram o processo de mudança de fornecedores tendo em conta a integração na AD Parts?

A mudança de fornecedores, para assumirmos aqueles que integram universo da AD Parts, requer tempo. Estamos a realizar esse processo e estimamos que demorará mais de um ano até ficar completo. É algo que já tivemos que fazer quando nos integramos na Temot e que agora temos que fazer de novo. Mas, sim, já começamos com produtos AD e continuamos a integrar mais marcas.

Este processo vai acarretar a perda de presença nalguma linha de produtos? Ou, pelo contrário, vai permitir à Autozitânia reforçar a presença no mercado? No balanço do "deve e do haver", quais os segmentos de mercado em que reforçam posição?

Não vamos perder presença em linha de produtos, pelo contrário, iremos reforçar a nossa oferta e a nossa presença. Vamos reforçar o nosso portfólio com novas marcas, novas linhas e novos produtos! Vamos tornar a nossa oferta ainda mais completa e diversificada, com resposta às diferentes necessidades de diferentes clientes. O Grupo AD oferece-nos, também, múltiplas possibilidades para explorar, em áreas e gamas onde poderemos reforçar a oferta aos nossos clientes.

Reforço da oferta de marcas premium

Podemos ter uma ideia do aumento do número de referências? Sabendo-se que o mercado português é muito focado nas chamadas marcas premium, esta integração na AD Parts reforça a oferta desse tipo de marcas?

Sem dúvida, a integração na AD Parts vem reforçar ainda mais a nossa aposta em marcas premium. Vem complementar a nossa oferta, que já por si era muito alargada, ao permitir-nos aceder a marcas que são muito fortes no mercado e especificamente no universo e portfólio AD.

Até ao momento introduzimos a marca AD (que é agora exclusivamente comercializada pela Autozitânia em Portugal) reforçámos a gama de marcas, como a Valeo e as marcas do Grupo ZF, e temos vários lançamentos de novas marcas premium que são muito fortes no mercado a serem preparados.

A Autozitânica tinha em marcha um processo de reforço das chamadas marcas próprias. Em que fase estamos? A integração na AD Parts compromete esse objetivo?

Com a integração na AD Parts o processo de marca própria teve de ser redefinido, com uma nova abordagem e estratégia. Nesse sentido, introduzimos a marca AD, que é a marca própria e com a identidade do Grupo AD, e como referido anteriormente exclusiva da Autozitânia no mercado nacional, que tem uma notoriedade enorme e com uma oferta com imensas gamas e linhas de produto, na qual a nossa estratégia está assente e reforçada. Relativamente a outras marcas próprias que já detínhamos, podemos referir que a nossa marca de baterias NoStop, na qual estamos a trabalhar para reforçar a sua gama e consequentemente a nossa oferta para todos os nossos clientes.

Novo responsável comercial

Além dos fornecedores, que outras alterações está a Autozitânia a realizar com vista à integração na AD Parts?

A nossa entrada na AD Parts é algo de muito importante que acreditamos que nos vai trazer uma grande evolução, permitindo-nos enfrentar melhor os desafios futuros.

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Estamos muito conscientes da importância da AD Parts no mercado ibérico e colocamos o nosso foco na realização desta mudança da melhor forma possível. Para isso contratámos uma pessoa que dirigirá toda a parte comercial e tudo o que esteja relacionado com o processo de integração na AD: Jorge Menezes que vem do Grupo Schaeffler. Há cerca de cinco meses que está connosco, porque estamos bem conscientes da importância de todo este processo e pretendíamos alguém que estivesse 100% dedicado a esta integração.

No fundo, todas as mudanças na Autozitânia para 2020 estão relacionadas com a integração na AD Parts e ao desenvolvimento das ferramentas que o grupo coloca à nossa disposição. Refiro-me, por exemplo, ao Programa Millennium, à implementação da formação, ou à informação e assistência técnica com o Grup Eina, em Portugal. Neste caso, trata-se de um pilar essencial da nossa estratégia, no qual vamos investir bastante.

Pandemia determina reorganização

Qual o impacto que esta crise poderá ter no mercado português? Poderemos, por exemplo, assistir a uma maior concentração?

Creio que muitas empresas que atravessam dificuldades não resistirão e acabarão por encerrar. A faturação caiu muito. Acredito que vamos assistir a uma maior concentração do mercado, com menos "players" mas com empresas de maior dimensão. E, sobretudo, as pequenas lojas, que são a grande fatia do mercado, não conseguirão sobreviver se não estiverem ligadas a uma grande plataforma ou a um projeto como o nosso.

Há quem afirme que a pandemia é uma oportunidade para a distribuição pensar em forma de reduzir custos de serviço e organizar-se melhor…

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No nosso mercado o custo do serviço é muito alto. E isto mesmo no nosso caso que temos quatro entregas diárias, a maior parte em lojas que não têm o mesmo grau de exigência que as entregas nas oficinas.

Sim, é verdade que se tem dito que deveríamos aproveitar a pandemia para organizar os serviços com vista a uma redução de custos. Mas é fundamental ter em atenção que basta que um operador não o faça para os outros para que os restantes adotem a mesma atitude.

A verdade é que é uma loucura; prestamos um melhor serviço do que as farmácias. As lojas têm uma pressão forte de entrega às oficinas mas acabam por transportar essa pressão para os grandes distribuidores. Esse "monstro" foi criado e a oficina sabe que se a loja não lhes presta o serviço adequado alguém o fará.

Novo armazém em Leiria

Que espera a Autozitânia com a entrada na AD Parts?

Na AD Parts são muito ativos e focados no trabalho e naquilo que é preciso fazer. Todos os sócios se ajudam e estão muito próximos. Basta um telefonema ou um Whatsapp e estão aí para te ajudar. Viemos de um grupo em que se falava muito mas concretizava pouco. Em AD Parts é precisamente o contrário: fazem-se as coisas e depois fala-se. Estamos muito unidos. Acredito que esta dinâmica será muito positiva para nós e que vamos aprender muito.

É neste contexto que queremos abrir um novo armazém na zona de Leiria mas isso só acontecerá em 2021. É uma zona onde temos uma cobertura débil e onde queremos crescer.

Que mensagem pretende transmitir ao mercado?

Penso que são momentos muito complicados mas temos que ser positivos e continuar a fazer o nosso trabalho. Nestas alturas não nos podemos deixar vencer mas liderar e continuar com os projetos que tínhamos em marcha.