O início dos testes a autónomos na CREL representa uma nova fase no desenvolvimento desta tecnologia em Portugal Se entre hoje e quinta-feira for a circular pela A9 e passar por um carro que não é guiado por um humano, não fique espantado. Afinal, estará apenas a assistir à nova fase de testes a autónomos na CREL, que se realiza entre os nós da Pontinha e de Odivelas. Estas provas são realizadas em parceria pela Brisa e os Instituto Pedro Gonçalves, da Universidade de Coimbra, e surgem um ano depois do anúncio de que esta autoestrada receberia testes a esta tecnologia. Durante as provas, os veículos vão ter de mostrar algumas capacidades essenciais para seguirem viagem sozinhos, como ultrapassar obstáculos (veículos parados na via e em marcha-lenta ou piso escorregadio) criados propositadamente para avaliar as suas reações. Para cumprir essas tarefas, os veículos não-tripulados costumam confiar num conjunto de sistemas distintos, onde se incluem as câmaras, radares e sensores, cujas informações combinadas são descodificadas por softwares próprios. Depois, com base nestes dados e na navegação, o automóvel toma o controlo da direção, acelerador e travão da viatura, substituindo o humano na tarefa de guiar o carro. Estes novos testes a autónomos na CREL vão decorrer fora das fases do dia com mais trânsito, o que significa que os períodos de meio da manhã e meio da tarde devem ser os escolhidos.