Descarbonização é o mote. V6 TDI da Audi já pode funcionar a óleo vegetal

Embora apostada na Mobilidade 100% Eléctrica, a Audi continua a desenvolver a combustão, sendo que o V6 TDI já funciona a óleo vegetal.

Embora apostada na transição para a Mobilidade 100% Eléctrica, a Audi mantém, igualmente, o desenvolvimento dos seus motores de combustão, para os anos que ainda lhes resta. Sendo que surge agora o anúncio de que, o ainda muito popular V6 TDI, já pode funcionar, igualmente, com óleo vegetal hidrotratado.

Assumido o desafio de fechar a torneira dos motores de combustão já em 2025, passando a lançar, apenas e só, veículos elétricos, a partir de 2026, a Audi aproveita para, entretanto, espremer ao máximo aquilo que pode retirar deste tipo de propulsores. Mais concretamente, continuando a sua evolução, com vista não apenas a mercados como a China, onde a combustão promete continuar por mais alguns anos, como também a pensar nos atuais mercados da Europa, onde ainda existe procura por este tipo de soluções.

Assim e no âmbito destes esforços, a Audi tem vindo, igualmente, a atualizar alguns dos seus blocos Diesel, procurando baixar as suas emissões e torná-los mais limpos. De que forma? Fazendo com que possam funcionar com recurso a combustíveis renováveis e, mais precisamente, a óleo vegetal tratado com hidrogénio, ou hidrotratado, também conhecido como HVO.

Óleo vegetal tratado a hidrogénio, ou HVO
Óleo vegetal tratado a hidrogénio, ou HVO

Segundo revela agora a marca dos quatro anéis, motores como o ainda hoje em dia procurado V6 TDI, com potências até 288 cv, já podem funcionar a HVO. Algo que, no entanto, só é possível no caso dos motores lançados no mercado a partir de fevereiro, em que os engenheiros da Audi puderam ajustar muitas das configurações originais do seis cilindros.

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De resto e fruto desta intervenção, a marca de Ingolstadt garante que as emissões de CO2 caíram entre 70 a 95 por cento, além destes motores mostrarem uma maior eficácia na combustão, graças ao aumento de 30% na classificação de cetano. Vantagens que, no entanto, parecem, pelo menos para já, limitadas pela aplicação geográfica muito reduzida, uma vez que só existem cerca de 600 postos de abastecimento de HVO em toda a Europa. Sendo que, a grande maioria, encontra-se na Escandinávia, com a Alemanha a contar alguns, poucos, postos.

Os modelos

Quanto a modelos, este renovado V6 TDI está já disponível em praticamente toda a gama da marca dos quatro anéis, desde o A4 até ao A8, assim como no Q7 e Q8. Entretanto e já em março, a Audi promete passar a disponibilizar este bloco também no Q5, seguindo-se a A6 Allroad, durante o verão.

O V6 3.0 TDI que passa a funcionar também com óleo vegetal hidrotratado
O V6 3.0 TDI da Audi passa a funcionar, também, com óleo vegetal hidrotratado

Finalmente, este mesmo V6 vai estar, também, disponível, no Volkswagen Touareg.

Um esforço começado em 2021... para o futuro

A terminar, recordar, apenas, que todo este processo de descarbonização da Audi já começou em junho de 2021, quando esta mesma estratégia começou por ser aplicada nos modelos Q2, A 3 e Q3, equipados com motores Turbodiesel de quatro cilindros. Iniciativa que, ainda no verão passado, haveria de estender-se às versões com este mesmo motor, tanto do A4, como do A5, A6 e A7. Além de e também neste caso, o Q5.

O Audi Q5 com bloco TDI de quatro cilindros já aceita oléo vegetal hidrotratado... mas apenas nalguns mercados
O Audi Q5 com bloco TDI de quatro cilindros já aceita oléo vegetal hidrotratado... mas apenas nalguns mercados

Em termos de futuro, tanto a Audi, como o Grupo Volkswagen, prometem continuar a trabalhar de forma a fazerem com que os seus motores de combustão possam passar a trabalhar com combustível sintético renovável.