O Audi TT assinala 25 anos desde o início da sua produção em série em 1998 e tornou-se num ícone de um coupé desportivo. Este modelo já vai na sua terceira geração e para assinalar esta efeméride, a marca lançou a edição especial limitada a 100 unidades Audi TT RS Coupé Iconic Edition.
Criado pelo designer norte-americano Freeman Thomas, sob a orientação do designer norte-americano Freeman Thomas, sob a orientação do então Diretor de Design, Peter Schreyer, o Audi TT Coupé foi apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt de 1995 como o estudo de um automóvel desportivo purista. A reação foi entusiástica e poucos meses depois, em dezembro desse mesmo ano, a marca dos quatro anéis decidiu passá-lo à produção.
A designação TT deve-se à lendária prova Tourist Trophy na Ilha de Man, um dos mais antigos eventos de desportos motorizados do mundo, onde a NSU e a DKW celebraram grandes sucessos com as suas motos. O nome "TT" também recorda o desportivo NSU TT da década de 1960.
O novo modelo desportivo veio romper com a nomenclatura habitual da Audi, constituída por uma letra e um número, sublinhando a sua completa novidade.
"Para nós, o maior elogio foi quando a imprensa especializada observou com apreço que pouco tinha mudado do estudo para o modelo de produção em série, embora tivéssemos, naturalmente, de adaptar muitos detalhes devido às especificações técnicas para a versão de produção em série, incluindo as proporções," recorda Torsten Wenzel, que na altura era o designer de exteriores da Audi, tendo ajudado a levar o estudo à produção.
Design inspirado na Bauhaus
A alteração mais marcante relativamente ao conceito original de Freeman Thomas foi a introdução de uma janela lateral traseira que alongou o perfil do automóvel e aumentou a dinâmica do modelo desportivo.
Para Torsten Wenzel, o Audi TT continua a ser "uma escultura de condução, com superfícies e linhas da mais alta qualidade". A carroçaria do Audi TT parece ser feita de uma só peça, comenta, e a dianteira sem as tradicionais saliências do para-choques enfatiza a sua silhueta bem definida.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_001.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_002.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_003.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_004.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_005.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_galeria_006.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/05/Audi-TT-25-anos_001.jpg]"A carroçaria parece ser feita de uma só peça", acrescenta, enquanto a "dianteira sem as tradicionais saliências do para-choques enfatiza a sua silhueta bem definida. Outro elemento de design contribui para a silhueta inconfundível do Audi TT Coupé: o círculo - "a forma gráfica perfeita", como a descreve Torsten Wenzel. Inúmeros elementos circulares inspiraram o design exterior e interior do veículo desportivo.
Inspirado pela Bauhaus, cada linha no Audi TT tem um objetivo, cada forma uma função. "No Design da Audi, seguimos sempre a filosofia de 'menos é mais'. Realçar o carácter único do Audi TT Coupé, reduzindo-o ao essencial, foi uma tarefa desafiante e especial para nós, designers," explica.
Produção arranca em 1998
Três anos após a apresentação do protótipo no Salão de Frankfurt arrancava a produção em série do Audi TT na fábrica Audi Hungaria Motor Kft. Este modelo era baseado na plataforma de motor transversal do Volkswagen Golf IV. Um ano depois era lançado o TT Roadster.
As carroçarias pintadas do TT eram transportadas durante a noite por caminho-de-ferro de Ingolstadt para Gy r, na Hundria, onde se realizava a montagem final. Este método de produção entre Ingolstadt e Gy r era único na indústria automóvel naquela altura. A Audi Hungaria, uma subsidiária integral da Audi AG, está também a comemorar o seu 30º aniversário em 2023.
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Fundada em fevereiro de 1993, originalmente apenas como uma fábrica de motores, a Audi Hungaria assumiu a montagem do Audi TT em 1998, em cooperação com a fábrica de Ingolstadt. Em 2013, a empresa evoluiu para uma unidade de produção de automóveis completa. Desde a sua fundação, a Audi Hungaria já produziu mais de 43 milhões de motores e quase dois milhões de veículos.
Forma arredondada marcou sempre o design
A primeira geração do Audi TT estava equipada com motores turbo de quatro cilindros com um nível de potência que variava entre 150 e 225 cv e com uma motorização V6 com 250 cv. Um grande destaque da gama de motores foi o motor de quatro cilindros do Audi TT quattro Sport, com uma potência de 240 cv.
Nas duas gerações seguintes, os designers da Audi mantiveram-se fiéis ao princípio de design da "redução ao essencial", o que se torna evidente, por exemplo, as linhas minimalistas do exterior e no interior elegante e orientado para o condutor.
A forma arredondada e o motivo circular permaneceram típicos do portfólio TT e foram elementos unificadores no design exterior e interior. Por exemplo, na tampa do depósito de combustível em alumínio, nas saídas de ar redondas, na moldura da caixa velocidades e no seu característico manípulo.
A segunda geração do TT foi lançada em 2006 (Coupé) e 2007 (Roadster) e baseava-se na plataforma da segunda geração do Audi A3. Pela primeira vez, foram utilizados amortecedores adaptativos com tecnologia Audi magnetic ride. Disponível como opção, esta tecnologia adapta continuamente os amortecedores ao perfil da estrada e ao estilo individual do condutor.
Em 2008, surgia o modelo desportivo TTS com um motor turbo de 2 litros e 272 cv, seguido um ano depois pelo TT RS com um motor turbo de 2,5 litros e cinco cilindros com 340 cv e 360 cv no Audi TT RS plus. Em 2008, a marca dos quatro anéis lançou o TT 2.0 TDI quattro - o primeiro automóvel desportivo de produção do mundo a ser equipado com um motor Diesel.
Terceira geração em 2014
A geração mais recente - a terceira - foi lançada em 2014, tendo a marca procurado reduzir o seu peso. O TT Coupé*, com um motor 2.0 TFSI e transmissão manual, pesava apenas 1230 quilos, até 50 quilos menos que anteriormente.
Para os novos TT e TT RS, os designers reinterpretaram as linhas do TT original de 1998 para a era moderna e introduziram várias caraterísticas dinâmicas, mas não alteraram a tampa redonda do depósito de combustível com as típicas letras TT.
Em termos técnicos, a terceira geração apresentou várias inovações, destacando-se a estreia do Audi virtual cockpit - um painel de instrumentos totalmente digital com ecrãs altamente detalhados e versáteis que substituíram os instrumentos analógicos - e do monitor MMI.
Em 2016, uma nova era para a tecnologia de iluminação automóvel teve início no Audi TT RS, quando a Audi utilizou pela primeira vez elementos LED orgânicos, conhecidos como tecnologia OLED.
A gama de motores do modelo desportivo também é impressionante: O modelo de topo era inicialmente o Audi TTS com um motor turbo de 2 litros e 310 cv, seguido em 2016 pelo TT RS com um propulsor turbo de 2,5 litros e cinco cilindros, com 400 cv. Este último carateriza-se pela sua sonoridade desportiva, tendo sido eleito nove vezes consecutivas "International Engine of the Year".
Para assinalar os 25 anos deste ícone de design intemporal, a marca alemã lançou o Audi TT RS Coupé iconic edition*, pintado em Nardo Gray. Esta edição especial limitada a apenas 100 unidades sublinha os destaques de design e de tecnologia introduzidos no último quarto de século no Audi TT. Um exemplar para colecionadores.