Menos de um ano após a apresentação do restyling dos modelos SQ7 e SQ8, apenas e só com potentes blocos V8 Diesel, eis que a Audi decide baralhar e dar de novo, substituindo estes motores, por novos e mais potentes blocos V8... a gasolina. Já a partir do próximo outono.
Até aqui propostas apenas com uma motorização V8 Diesel, com uma potência anunciada de 435 cv, aquelas que são também as versões mais potentes dos SUV topo de gama na oferta da Audi, anunciam agora a desistência desta escolha, para voltar a abraçar a gasolina.
Segundo anuncia agora a marca dos quatro anéis, tanto o SQ7, como o SQ8, vão passar a estar disponíveis, única e exclusivamente, com um novo V8 4.0 litros biturbo a gasolina, e que traz igualmente um aumento da potência, para os 507 cv. Ou seja, um aumento de 72 cv, face ao V8 4.0 litros Diesel, que, recorde-se, contava com tecnologia Mild Hybrid de 48V.
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Diminuição, apenas no binário máximo, com o V8 a gasolina, a anunciar "apenas" 770 Nm, contra os 900 Nm prometidos pelo Diesel.
Por outro lado e graças ao novo bloco a gasolina, tanto SQ7, como o SQ8, passam a conseguir acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 4,1s, ou seja, menos 0,7s que anteriormente, assim como ir dos 90 aos 120 km/h, em não mais que 3,8s. Quanto à velocidade máxima, está, em ambos os modelos, limitada eletronicamente, a 250 km/h.
Embora, nesta nova motorização, já sem o contributo do sistema Mild Hybrid de 48V, a Audi defende, ainda assim, a opção por esta nova solução, graças, também, à presença de tecnologias como o "Cylinder on Demand" (CoD), a qual leva ao desligar de metade do número de cilindros (quatro), sempre que o acelerador não esteja em forte pressão. O que, acrescente-se, favorece uma redução nos consumos, devido ao menor número de cilindros em funcionamento.
Ao mesmo tempo, a marca de Ingolstadt aponta, ainda, neste novo V8, uma passagem optimizada de combustível, entre os turbocompressores e as câmaras, o que contribui para uma melhor combustão e maior eficácia.
No entanto e embora os valores de consumo e emissões, segundo a norma WLTP, ainda estejam por apurar, a verdade é que, tanto o Audi SQ7, como o SQ8, dificilmente conseguirão bater, nestas suas novas motorizações a gasolina, os valores anunciados, até aqui, com os V8 Diesel. Sendo que e como mero indicador, basta recordar o caso do Porsche Cayenne GTS, que, com o mesmo V8 4.0 biturbo de 507 cv, faz médias entre os 13,3 e os 14,1 l/100 Km, ao mesmo tempo que anuncia emissões de CO2 entre os 301 e os 319 g/km.
Ainda assim, a Audi defende que, com esta nova escolha, os dois modelos passam a exalar "uma sonoridade de V8 mais clássica", ainda que também possa ser mais discreta, consoante o tipo de condução.
Ao mesmo tempo, este bloco garante, ainda, menos vibrações, o que torna a sensação de refinamento a bordo, também maior.
"Os motores a gasolina têm vindo a ganhar preponderância no segmento dos SUV de alto desempenho, devido aos grandes ganhos de eficiência obtidos nos últimos anos, sendo que, com esta atualização, estamos a reconhecer, precisamente, essa tendência", comenta um dos responsáveis da Audi UK, Andrew Doyle. Acrescentando que, "ao equiparmos o SQ7 e SQ8 com este novo TFSI, capaz de romper a barreira dos 500 cv de potência, ao mesmo tempo que oferece um desempenho ainda mais emocionante, garantimos que os dois modelos permanecem no pelotão da frente do segmento".
De referir, ainda, que estes dois modelos mantêm, de série, soluções tecnológicas como a suspensão adaptativa a ar e as quatro rodas direccionais, ao mesmo tempo que o SQ7 junta a estes dois atributos, o sistema de estabilização eletromecânica. Embora e neste caso, parte do pack que contempla ainda o diferencial desportivo, encarregue de distribuir a potência entre as duas rodas traseiras, como forma de garantir um curvar mais rápido.
Finalmente, também de série, são as jantes desportivas, de 20 polegadas no SQ7, e de 21", no SQ8.
Ambos os modelos deverão estar disponíveis, nos mercados europeus, Portugal incluído - ainda que e muito provavelmente, apenas por encomenda... - , a partir do outono de 2020.