Embora com o fim da produção oficialmente agendado para o final de 2023, a verdade é que o Audi R8 continua a sair da linha de produção em Neckarsulm, sem sinais de que deixará, efectivamente, de ser produzido. Situação que, de resto, a marca dos quatro anéis já confirmou, justificando o facto com as encomendas que continua a receber.
A confirmação da manutenção da produção do R8 na fábrica de Böllinger Höfe, em Neckarsulm, Alemanha, foi dada à publicação alemã Automobilwoche, por um porta-voz da Audi, que apontou o disparar das vendas, nomeadamente, nos EUA, como motivo para a decisão.
Segundo este título, só em 2023, a marca alemã vendeu um total de 631 unidades do R8 nos Estados Unidos da América, o que é um aumento de 101% face ao ano anterior, em que apenas foram entregues 314 carros.
Resta agora saber qual terá sido o número de unidades vendidas a nível global, algo que só deverá ser conhecido no próximo dia 19 de março, data em que terá lugar o encontro anual da Audi com os seus investidores, para apresentação dos resultados financeiro relativos a 2023.
Entretanto e segundo conseguiu apurar o site Motor1, a intenção da Audi é agora colocar um ponto final na produção do R8, fechado o próximo mês de março de 2024, ou seja, cerca de três meses após o inicialmente estipulado. Sendo que, nos planos da marca alemã, não está qualquer nova geração do modelo, até porque o próprio Volkswagen Group decidiu já acabar com o icónico bloco V10 de 5,2 litros que impulsionava não apenas este modelo, como também o Lamborghini Huracán.
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Ainda assim, a Audi tem mantido viva a possibilidade de um R8 elétrico no futuro, muito provavelmente, recorrendo à futura Scalable Systems Platform (SSP) do Volkswagen Group, a qual foi já descrita como podendo servir de base a futuros "carros icónicos", tais como "desportivos e outras propostas do género".
O "famoso" R8 e-tron
No entanto, na memória, tanto dos responsáveis da marca de Ingolstadt, como dos fãs do construtor, estará, ainda, o R8 e-tron apresentado no Salão Automóvel de Genebra de 2015 e que, após um ano em comercialização na Europa, vendeu menos de 100 unidades.
Resultado que tornou a inovadora proposta um inquestionável flop comercial, resultado, igualmente, do preço excessivamente elevado que a Audi pedia por cada unidade. Além da obrigatoriedade de ser encomendado directamente à casa-mãe.