Por causa dos nomes. Audi avança com queixa contra a chinesa NIO

A Audi apresentou uma queixa, num tribunal de Munique, contra a chinesa NIO, acusando-a de causar confusão com os nomes dos seus modelos.

A Audi acaba de dar entrada, num tribunal de Munique, Alemanha, com uma queixa contra o fabricante chinês NIO, acusando-o de infringir a legislação alemã em termos de direitos de propriedade relativamente às designações utilizadas nos seus modelos.

Numa altura em que a NIO está envolvida numa forte ofensiva de afirmação e implementação nos mercados europeus, a qual começou pela Noruega e deverá chegar, ainda este ano de 2022, à Alemanha, a Audi alega, junto da justiça alemã, que, a utilização de designações como ES6 ou ES8, dois SUVs parte da oferta europeia da marca chinesa, podem ser motivo de confusão junto dos consumidores, nomeadamente, face aos desportivos Audi S6 e S8.

"A Audi, tal como muitas outras empresas de sucesso, mantém uma preocupação constante e abrangente, relativamente aos seus direitos de marca registada", afirmou, em declarações ao periódico alemão Handelsblatt, um porta-voz do fabricante de Ingolstadt. Garantindo que a marca dos quatro anéis não gostou da decisão da NIO de escolher designações de modelos para o mercado europeu "que acreditamos infringirem as marcas registradas da Audi".

Poderá o NIO ES6 ser confundido com o desportivo Audi S6?... O tribunal alemão decidirá
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Contudo e apesar da estratégia da Audi poder vir a vingar, também existem especialistas alemães que não acreditam que a queixa da marca germânica possa vir a ter sucesso.

É o caso, por exemplo, do professor Ferdinand Dudenhöffer, personalidade ligada ao Centro de Pesquisa Automóvel em Duisburgo, que, em declarações à agência noticiosa alemã, defendeu que "o risco de confusão entre um SUV e uma berlina é, na verdade, bastante baixo".

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Já outros especialistas, alertam para o facto deste processo poder vir a ser contraproducente para a Audi, a qual tem na China um importante mercado. Sendo que, com o iniciar desta guerra, a marca alemã pode ver-se penalizada no mercado chinês.