A Audi pode estar a preparar uma revolução nas suas gamas de entrada, nomeadamente, acabando com o atual A1, para fazer regressar o extinto A2, mas com motorização elétrica. Estas foram algumas das revelações do CEO da Audi, à margem da apresentação do e-tron GT, com Markus Duesmann a garantir que a oferta de combustão é para reduzir nos próximos dez anos.
Em declarações aos jornalistas, o CEO da Audi, Markus Duesmann, revelou que os elevados custos de eletrificação de automóveis compactos poderá levar a descontinuar o A1 e a recuperar o A2, mas como elétrico.
À margem da apresentação do Audi e-tron GT, Markus Duesmann afirmou que será pouco provável o lançamento do sucessor de automóvel compacto premium, que partilha a plataforma do Volkswagen Polo e do Skoda Fabia.
"Temos vindo a discutir que iremos fazer nos segmentos dos pequenos. No segmento do A1, temos outras marcas no Grupo Volkswagen que estão muito ativas e com uma elevada produção. Por isso questionamos neste momento o A1".
O responsável adiantou que a marca continuará a estar presente no segmento dos pequenos SUV, com o Q2, o qual poderá passar a constituir a entrada de gama. "Não deveremos fazer nada mais pequeno".
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O custo da eletrificação dos automóveis pequenos está a tornar-se num desafio para as marcas, embora o CEO da marca Volkswagen, Ralf Brandstätter, tenha afirmado que a marca que está empenhada em produzir "um carro do povo" elétrico, com um preço abaixo de 20 mil euros, na gama ID.
Audi A2 poderá regressar como "E2"
Apesar desta dificuldade, a divisão Artemis da Audi deverá estar a trabalhar no sucessor do A2 de 1999, baseado no protótipo AI:ME, apresentado há dois anos.
Inquirido sobre a possibilidade do renascimento deste modelo, Duesmann não fugiu à questão: "Talvez não propriamente com aquele design, mas gosto do A2. Nós também estamos a olhar para o segmento do A2. Por isso, poderá ser um A2 ou um 'E2'. Essa é a nossa discussão atual", explicou o CEO da Audi.
Markus Duesmann também adiantou que a Audi poderá reduzir a gama de veículos de combustão para impedir a sobreposição com modelos elétricos.
"Temos de cortar", afirmou. "Se olharmos para o Q4 e-tron, temos um modelo num segmento onde também temos modelos de combustão. Certamente que não queremos ter o mesmo portfólio elétrico. Produzimos veículos elétricos específicos porque podemos oferecer mais funcionalidade e iremos reduzir o nosso portfólio de combustão nos próximos dez anos".
"Como temos muitas sinergias no Grupo Volkswagen, poderemos ter menos modelos do que outras marcas", refere Markus Duesmann.