Depois do Cygnet, em 2013, do Lagonda, em 2018, e, já mais recentemente, do Rapide E, eis que a Aston Martin volta a recuperar o tema do desportivo de luxo elétrico. Embora e desta feita, aproveitando o recente reforçar da parceria com a Mercedes-Benz, além de com prazos bem mais... reais - talvez lá para 2025 ou 2026, diz o novo CEO.
A revelação foi feita pelo ex-patrão da AMG e novo CEO da Aston Martin, Tobias Moers, que, em declarações reproduzidas pela Automotive News Europe, começou por assumir que, o primeiro veículo elétrico na história da Aston Martin, utilizará, não tecnologia desenvolvida pelo próprio fabricante, mas da Mercedes-Benz.
A decisão, no entanto, sem sequer causa grande surpresa, depois das duas marcas automóveis, Aston Martin e Mercedes-Benz, terem anunciado a decisão de aprofundar os laços que as unem. Nomeadamente, com a marca alemã a tornar-se proprietária de 1/5 das acções da concorrente britânica, sendo que, em contrapartida, a Aston Martin passa a beneficiar de um acesso mais amplo à tecnologia desenvolvida pela fabricante da estrela, que apenas e só o atual fornecimento do bloco V8 Mercedes-Benz, preparado pela AMG.
De resto, Moers acabou levantando ainda mais a ponta do véu, ao afirmar que, até mesmo superdesportivo Valhalla, poderá vir a adoptar uma motorização Mercedes. Algo que, a acontecer, será uma surpresa bem maior, especialmente depois da marca britânica ter já anunciado que o modelo surgirá com um V6 3.0 Twin-Turbo híbrido, com o nome de código 'TM01', cuja desenvolvimento se encontra já em estado avançado de desenvolvimento.
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Contudo e apesar da agitação que esta afirmação possa ter provocado em Gaydon, não é menos verdade que, o novo homem-forte da Aston Martin, também deixou claro que a decisão final, está ainda por tomar. Reconhecendo, mesmo, que, "neste momento, ainda estamos a trabalhar na solução [da motorização híbrida], mas, pelo menos a partir de agora, já temos alternativas. Mas ainda é cedo para dizer".
Importa também recordar que, após a apresentação do Valhalla, a Aston Martin tem pela frente a tarefa espinhosa que passa por dar a conhecer o novo Vanquish, já prometido na forma de um superdesportivo de luxo, com motor em posição central, híbrida.
O Automotive News Europe especula, inclusivamente, que a marca britânica pode vir a recorrer à nova plataforma elétrica da Mercedes, que a marca alemã se prepara para estrear no seu EQS, utilizando-a como base para o Vanquish.
Entretanto e ainda segundo o novo CEO da Aston Martin, as tecnologias Mercedes vão começar a aparecer, de forma mais visível, nos modelos britânicos, já a partir do final de 2022, início de 2023. Sendo que, o mais certo, é que esta nova fase tenha início com o substituto do DB11.
Seguindo esta tendência, Moers acredita que, em 2024, um em cada quatro ou cinco carros, já será elétrico ou eletrificado. Sendo que, dessa oferta, já fará parte uma motorização híbrida plug-in no novíssimo SUV DBX, cuja chegada ao mercado deverá ter lugar em 2023.