Concretizada a aquisição de uma posição maioritária, pelo multimilionário canadiano Lawrence Stroll, na britânica Aston Martin, surgem agora as primeiras notícias, dando conta de mudanças no seio da equipa de gestão do fabricante de luxo. Mais precisamente, a possível saída do até aqui CEO, Andy Palmer, para dar lugar ao homem forte da AMG, o alemão Tobias Moers.
A notícia foi avançada pelo Financial Times, tendo o construtor britânico já respondido, através de um breve comunicado. Para afirmar que, "a Aston Martin Lagonda tem consciência da pressão surgida nos media, através da publicação de certas notícias. No entanto, a companhia apenas confirma que está a analisar a sua equipa de gestão e que, quaisquer novidades que existam, serão comunicadas, no momento oportuno".
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Apesar desta posição de maior resguardo, a verdade é que, especialmente após a entrada em cena do multimilionário canadiano, que, enquanto líder de um consórcio, comprou 25% das acções da Aston Martin, para em seguida vender uma percentagem ao homem-forte da escuderia Mercedes-AMG F1, Toto Wolff, o lugar de Andy Plamer, enquanto CEO da marca, tem vindo a ser alvo de especulação constante.
Ainda assim, em abril último, durante o pico da pandemia de coronavírus, Stroll fez questão de vir a público, dar o seu aval, ao plano de produção definido por Palmer, relativamente ao primeiro SUV da marca. Subscrevendo que, só depois do arranque do DBX, a marca dará início à produção do hiperdesportivo Valkyrie, e, em seguida, do superdesportivo, para já, conhecido como Valhalla.
Contudo e apesar deste apoio público, a britânica Autocar também recorda que, a posição de Andy Palmer, ficou particularmente fragilizada, no seio da Aston Martin, após o fracasso que foi a Oferta Pública de Venda de acções, realizada em 2018, e que foi conduzida pelo actual CEO da marca britânica. Sendo que, a juntar a este desaire, somam-se vários exercícios de prejuízos, nos mercado fora do Reino Unido, e que chegaram a levar a uma queda de 90% no valor das acções.
Quanto à possibilidade Tobias Moers, homem-forte da AMG, vir a ocupar o lugar de Palmer, a revista britânica contactou a empresa alemã pertencente ao universo Daimler. Tendo recebido como resposta, por intermédio de um porta-voz, que a AMG "não comenta especulações".
Ainda assim e a favor de Moers, numa possível corrida ao lugar de CEO da Aston Martin, surge os excelentes resultados conseguidos por este, nos últimos anos, à frente da AMG, a qual tornou-se, sob o seu mando, uma empresa lucrativa. Passando, mesmo e no caso específico do relacionamento com a Aston Martin, de um simples fornecedor de motores e componentes, para a posição de detentora de uma participação na estrutura accionista do fabricante de Gaydon.
Facto que, diga-se, só ajuda a contribuir para os rumores de que, Tobias Moers, será mesmo o senhor que se segue, no lugar de CEO, até aqui ocupado por Andy Palmer...