A quantidade de energia necessária para produzir este componente, contrariando a ideia de que se trata de uma motorização totalmente limpa, e as formas pouco éticas como são exploradas algumas das suas matérias primas estiveram na tomada de posição da Amnistia Internacional contra as baterias dos veículos elétricos A questão sobre quão limpos são os veículos elétricos tem sido um debate com vários pontos de vista. O principal motivo da polémica tem estado centrado na forma como é produzida a eletricidade utilizada nestes automóveis, pois se ela for proveniente de fontes de energia renováveis tratam-se efetivamente de modelos de emissões 0, mas se a origem forem centrais alimentadas a petróleo, carvão, gás ou nuclear, a questão é diferente. Mas agora existiu outro alerta relativo a estes automóveis, com a Amnistia Internacional a criticar o processo de criação das baterias por dois motivos. A primeira queixa prende-se com a questão já referida no parágrafo anterior. É referido que são necessárias grandes quantidades de energia para produzir estas baterias, o que levanta o problema de poderem ser queimados combustíveis fósseis para gerar a eletricidade necessária. Até porque a maioria das baterias são fabricadas no Extremo Oriente, onde países como a China. Japão e Coreia são dependentes de combustíveis fósseis para a maior parte das suas centrais elétricas. Mas, mais importante quando se trata da Amnistia Internacional, é o alerta à forma pouco ética como são conseguidos algumas das matérias-primas, como o cobalto, usado nestes componentes. É mesmo referido que a extração dos minerais usados está associado, em alguns casos, à violação dos Direitos Humanos. Por estes dois motivos, a Amnistia Internacional veio desafiar os fabricantes a, num prazo de cinco anos, encontrar uma forma ética e ecológica para a produção das baterias. Além disso, é pedido que durante esse período sejam revelados os dados sobre a pegada de carbono na produção das baterias e ainda identificada a cadeia de fornecimento das matérias-primas utilizadas, permitindo assim ficar a conhecer a sua origem. Esta é uma solução já utilizada em outros produtos que podem ter origem em zonas de guerra e ser obtidos com recurso mão de obra escrava ou outras violações dos Direitos Humanos, como acontece com o Processo de Certificação Kimberley para os diamantes.