Aguardada já para 2023, a segunda geração Mercedes-AMG GT está já em desenvolvimento, anunciando-se, desde já, de imagem e aspectos técnicos renovados, mas, principalmente, com um novo V8 híbrido plug-in (PHEV) a debitar mais de 840 cv! No fundo, um claro aviso ao Porsche 911...
Conhecida internamente pelo nome de código C192, a nova geração do desportivo topo de gama, marcado, igualmente, por uma configuração interior 2+2, acaba de ser antevista pela britânica Autocar.
Desenvolvido lado-a-lado com o novíssimo Mercedes-AMG SL, o futuro AMG GT só estará disponível, no entanto e ao contrário deste último, que opta pela carroçaria descapotável, com capota de lona, na variante Coupé. Exibindo, igualmente, uma evolução estilística face ao original, lançado em 2015, através da acentuação da configuração capot longo e traseira curta.
Igualmente em destaque, a aerodinâmica, marcada, desde logo, pela presença do mesmo spoiler dianteiro do SL, e que, estendendo-se ao longo de 40 mm por baixo do carro, deverá contribui para, quando a velocidades a partir dos 100 km/h, reduzir a tendência de elevação do eixo dianteiro, aplicando-lhe até 50 kg de peso.
Já na traseira, uma asa que se desdobra e inclina ao longo de cinco etapas, e que garante um aumento progressivo do peso na traseiro, quando a velocidades acima dos 50 km/h.
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Desenvolvido sob a liderança da AMG, mas também com contribuições importantes da parte de outros departamento da Mercedes-Benz, como é o caso da High Performance Powertrain, divisão que participou no desenvolvimento do trem de força do Mercedes-AMG One, e que, agora, também esteve envolvida nos motores do futuro GT, foi, no entanto, de Affalterbach, na Alemanha, local onde está localizada a sede da AMG, que surgiu a notícia segundo a qual a nova geração do Mercedes-AMG GT contará, entre outros propulsores, com o V8 4.0 litros a gasolina, conhecido internamente pelo nome de código M178.
A surpresa maior
Propulsor que, montado artesanalmente em Affalterbach, deverá surgir no novo GT com potências várias e muito semelhantes às propostas no SL. Nomeadamente e no caso de uma possível versão GT 53, a rondar os 475 cv de potência, ao passo que, no sucessor do já existente GT 63, COM 585 cv.
Contudo e segundo avança, ainda, a Autocar, o mais excitante não será, sequer, o facto da AMG prever, desde já, a adição de outras variantes e motorizações, ao longo do ciclo de vida do novo modelo, mas, principalmente, as notícias segundo as quais o fabricante estará a trabalhar numa versão GT 63 E-Performance, com o mesmo trem de força híbrido plug-in a gasolina e elétrico do recentemente lançado GT 63 S E-Performance Coupé de 4 portas.
Recordar que este último combina o V8 do GT 63, com um motor elétrico montado no eixo traseiro, garantindo, dessa forma, uma potência combinada na ordem dos 842 cv, além de um binário que pode chegar aos 1.470 Nm, quando em modo OverBoost.
Replicado no próximo GT, estes predicados fariam do coupé desportivo da Mercedes, uma das propostas do género mais potentes no mercado, ultrapassando, inclusivamente, propostas como o Ferrari 296 GTB com os 830 cv ou o Lamborghini Sián de 819 cv.
Finalmente, por saber fica, ainda, se este GT PHEV de duas portas manterá a mesma bateria de 6,2 kWh e a correspondente autonomia elétrica para 120 km do irmão de quatro portas, embora o facto do GT apresentar um aumento na distância entre eixos, possa vir a melhorar, igualmente, estes aspectos. Mesmo que, sublinhe-se, com o risco de aumento de peso daí decorrente...