Há não muito tempo com o futuro incerto, a Alpine pode, afinal, vir a tornar-se, no seio do grupo Renault, uma espécie de "pequena Ferrari". Quem o afirma é o novo homem-forte da marca do losango, Luca de Meo.
Ressuscitada há a apenas alguns anos, enquanto marca desportiva mais exclusiva dentro do Grupo Renault, a Alpine pode, afinal, vir a ganhar, com a nova liderança do construtor, uma nova e maior preponderância, nos próximos anos.
Isto, porque, segundo comentou já o novo CEO, Luca de Meo, com a estratégia correcta, a Alpine pode vir a tornar-se uma espécie de "pequena Ferrari".
Entre as medidas a tomar, de Meo destaca, desde logo, a necessidade da marca de Dieppe de dispor uma gama um pouco mais extensa, que não se limite apenas ao A110.
Ao mesmo tempo e como forma de afirmar ainda mais o nome da marca, o CEO da Renault decidiu, igualmente, que a escuderia de F1 hoje em dia conhecida como Renault F1, passe a chamar-se, já a partir da próxima temporada, Alpine F1.
LEIA TAMBÉM
Renault reinventa-se. Luca de Meo quer operar a mudança com dois novos EV
Em declarações à Automotive News Europe, o italiano defendeu, mesmo, que, se se combinar a engenharia de ponta desenvolvida pela Renault, nomeadamente no capítulo da competição, com o trabalho "quase artesanal", levado a cabo pela Alpine", "é possível obter uma espécie de pequena Ferrari".
No entanto e apesar da confiança demonstrada por Luca de Meo nas potencialidades da Alpine, a verdade é que as vendas da marca de Dieppe, não tem sido, até ao momento, particularmente impressionantes. Sendo que, em 2019, as vendas não passaram das 4.835 unidades.
Ainda assim, de Meo acredita que, no futuro, a Alpine poderá contribuir, por exemplo, para "adicionar emoção" à oferta elétrica da Renault, ao mesmo tempo que, num memorando enviado à sua equipa, já terá mesmo defendido a possibilidade de aplicar, na pequena marca de desportivos, uma espécie de "programa Porsche 911". Sinónimo do desenvolvimento e comercialização de uma pequena série de propostas elétricas desportivas.
De resto e quanto às vendas comedidas da marca, o responsável assume o facto, defendendo mesmo que "não seria razoável acreditar que poderíamos vender um milhão de carros com a Alpine".