Culminando um processo iniciado em 2019, a portuguesa Adamastor acaba de dar a conhecer o seu primeiro supercarro, de nome Furia. E que, posicionado como um rival, por exemplo, do Aston Martin Valkyrie, terá não só produção limitada, como preço a condizer: 1,6 milhões de euros... mais impostos.
Anunciado como um supercarro concebido e desenvolvido em Portugal, mais concretamente em Perafita, no Grande Porto, e com base no know-how reunido pela Adamastor Advanced Technologies, o Furia foi desenvolvido, segundo o seu fabricante, tendo a aerodinâmica como pilar central. O que, também segundo a empresa portuguesa, contribuiu para o que modelo agora desvendado apresente, por exemplo, um downforce maior que os monolugares de Fórmula 2 e Fórmula 3 que correram na temporada de 2021. E, tudo isto sem necessidade de recurso à tradicional asa traseira de grandes dimensões que marca a imagem, também, de muitos GT.
Na génese do veículo, um chassis e monocoque em fibra de carbono, a contribuir não apenas para um peso que, na variante para competição Race (desenvolvida a partir da versão homologada para estrada), não ultrapassa os 1.100 kg quando em seco, como também para dimensões exteriores que passam pelos 4,5 metros de comprimento, 2,2 m de largura e pouco mais do que 1 metro de altura.
De resto e também por exigências da competição, a complementar o chassis, uma suspensão de triângulos duplos desacoplados, com mola helicoidal sobre amortecedor, e que, garante igualmente a Adamastor, permitirá vários tipos de afinação possível – desde a oscilação na travagem e aceleração, ao nível de inclinação, da altura ao solo ao nível de rigidez de rolamento e impacto.
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Já na travagem, discos de 378 mm com pinças de seis êmbolos à frente e de 356 mm atrás com pinças de quatro êmbolos atras, sendo que, na versão Race, também deverá ser possível ajustar a variação da força de travagem.
Com V6 biturbo de origem Ford
Passando ao motor, o Furia aposta num seis cilindros em V, 3,5 litros biturbo a gasolina, de origem Ford Performance, a debitar uma potência acima dos 650 cv e um binário capaz de suplantar os 571 Nm. Graças aos quais, aponta o construtor, o superdesportivo português deverá ser capaz de garantir acelerações dos 0 aos 100 km/h a rondar os 3,5 segundos, assim como dos 0-200km/h em 10,2 segundos.
Já em termos de velocidade de ponta, a promessa dos mesmos 250 km/h, tanto a versão Road, como para o Race, ainda que, com esta última, a beneficiar de um maior downforce, na ordem dos 1.800 kg, enquanto a versão de estrada chega aos 1.000 kg.
Não mais de 60
Anunciado como uma proposta hiperexclusiva e com "grande liberdade de personalização [...], inclusivamente, no design interior" (aliás e como equipamento de série, o Furia não promete mais do que ABS e TC), a Adamastor deixa, igualmente, a certeza de que não pretende produzir mais do que 60 unidades do Furia.
Opção que, diga-se, ajuda também e juntamente com outros factores, a justificar os 1,6 milhões de euros, mais impostos, que a empresa portuguesa refere como preço estimado de venda.