O ano de 2021 não deixa saudades às marcas automóveis que atuam em Portugal: os números recolhidos pela ACAP revelam uma queda de 32,7 por cento no número de veículos novos matriculados, quando comparado com o último ano pré-pandemia (2019). Sendo que, só em dezembro, a descida foi de 28 por cento.
Divulgados pela Associação Automóvel de Portugal, os números relativos aos automóveis novos matriculados ao longo do ano de 2021 confirmam o panorama negativo por que passa o sector automóvel, no nosso País. Ainda que, com promessas (ligeiras) de recuperação, fruto de uma subida de 1,9 por cento nas 180.277 unidades transaccionadas, face a 2020.
Falando, especificamente, dos automóveis ligeiros de passageiros, os quais representaram 146.637 da totalidade das novas matrículas, uma queda de 34,5 por cento face aos números de 2019, mas também uma subida ligeira de 0,8 por cento, face a 2020. Sendo que, só em dezembro de 2021, a queda foi de 28,9% face ao mês homólogo de 2019 e de 11,5% relativamente ao mesmo mês de 2020.
Apesar destas quedas, destaque para o crescimento acentuado na procura por veículos ligeiros de passageiros movidos a outro tipo de energia que não e exclusivamente, os combustíveis fósseis, como é o caso dos elétricos (EV) ou dos híbridos plug-in (PHEV). Os EV, com uma subida de 69,3 por cento (13.260 veículos) face a 2020, enquanto os PHEV, a subirem 32 por cento (15.660) face ao ano transacto.
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Passando aos veículos ligeiros de mercadorias, os números acumulados relativos a 2021 mostram um decréscimo de 25,1 por cento (28.790 unidades matriculadas) face a 2019, mas também uma subida de 4,4 por cento face ao ano de 2020. Sendo que dezembro, com 3.281 unidades, foi sinónimo de queda, relativamente a qualquer um dos anos: -10,7% face a 2020 e -27,7 por cento quando comparado com 2019.
A terminar, os veículos pesados, que, em 2021, foram os únicos a registar um ano quase totalmente positivo, terminando com um total de 4.850 unidades matriculadas, mais 21,3 por cento que em 2020. Com dezembro a representar, igualmente e graças aos 444 veículos matriculados, uma subida de 2,5 por cento face a 2019 e de 21,6 por cento face a 2020.
Único indicador negativo, a comparação face a 2019, ano em que os pesados conseguiram registar mais 13,0 por cento de matrículas, do que em 2021.