O estudo agora lançado pela Mercer, "Car Benefit Policies 2020", conclui que 80% das empresas disponibilizam benefício automóvel. O critério mais frequente para a sua elegibilidade é o nível da função, apontado por 95% das inquiridas.
Em Portugal, mais de 80% das empresas disponibilizam benefício automóvel, sendo que 87% destas empresas recorre a um sistema de "leasing" para a sua frota automóvel. O critério mais frequente para a elegibilidade para benefício automóvel é o nível da função, apontado por 95% das empresas.
Estas são as conclusões do estudo "Car Benefit Policies 2020" da consultora Mercer, que revela o facto de 88% dos colaboradores terem acesso a este benefício, neste caso diretores. Logo a seguir vêm os executivos, com 84%; gestores ou chefias intermédias, com 86%; e elementos da equipa comercial, com 60%.
Relativamente aos critérios considerados para a elegibilidade deste benefício, o nível da função é o fator mais apontado pelas empresas (95%), logo seguido pela necessidade da função (72%), em particular se se trata de uma função que requer deslocações frequentes (por exemplo, de carácter comercial).
BMW e Mercedes no topo das preferências
De acordo com a Mercer, no que diz respeito às políticas de benefícios automóvel, foi possível concluir que as principais marcas/modelos de automóveis atribuídas aos diretores de empresa são a BMW (série 5 e X5) e Mercedes (Class CLA).
Já aos executivos são concedidas viaturas Audi (A4), BMW (série 3 e 5) e Volkswagen Passat, enquanto aos gestores ou chefias intermédias as marcas mais frequentemente atribuídas são BMW (série 3), ou Volkswagen Golf.
Aos restantes profissionais não comerciais poderá ser concedido um Renault (Clio ou Megane); e aos comerciais, as marcas/modelos mais frequentemente atribuídos incluem o Ford Focus, Opel Astra, Renault Clio ou Volkswagen (Golf).
A política automóvel é, para a maioria das empresas, definida a nível local (43%), no entanto, para 29% das empresas este benefício é definido a nível global. A política automóvel é, na grande maioria das vezes (37%), revista "quando necessário", sendo que no inquérito apenas 18% das organizações afirma rever esta política anualmente e 33% entre 2 a 3 anos.
Elétricos apenas em 38% das empresas
Sob a adoção de políticas "verdes", mais de metade das empresas participantes neste estudo (64%) admite não atribuir subsídios para a utilização de transportes públicos. Por seu turno, 51% refere não promover ativamente a adoção de outros tipos de transporte, como bicicletas ou o "car sharing".
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Apenas 38% das organizações admite ter intenção de adquirir carros híbridos ou elétricos para a sua frota e 36% planeia ajustar a sua política automóvel, limitando as opções de automóveis de acordo com um limite nas emissões de CO2 . Adicionalmente, a maioria das empresas (63%), afirma não ter carregadores para viaturas elétricas nas suas instalações.
Segundo Marta Dias, "survey leader" na Mercer Portugal, "a pandemia não impactou ainda a política automóvel das organizações". Em Portugal, prossegue, "o automóvel é um benefício muito tradicional e valorizado pelos colaboradores, mas acreditamos que os tempos de mudança poderão ditar algumas alterações nos próximos anos, principalmente na adoção de alternativas mais sustentáveis".