7 curiosidades sobre a fábrica da Tesla

Perto de Sparks, no deserto do Nevada, está a nascer, da terra vermelha, uma mega fábrica. A Gigafactory tem a dimensão de 50 campos de futebol e inauguração marcada para 2018. É a chave do plano de Elon Musk para revolucionar a mobilidade elétrica. [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Aerial-view-July-2016.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/FinalAerial-Perspective.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/Section-D-July-2016.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2018/02/djfduifw.jpg] A Gigafactory vai ser o local onde a Tesla Motors vai produzir as baterias dos seus carros eléctricos. A decisão resulta de um ajustamento estratégico da empresa: há muito tempo que as baterias dos Tesla eram importadas de países asiáticos. De forma a atingir o objectivo de produzir 500 mil carros por ano, Elon Musk concluiu que as baterias têm de ser produzidas internamente. Quando estiver finalizada vai ocupar 3200 hectares, e será "magnífica", também nas palavras do CEO da Tesla. Deixamos alguns factos que dão corpo a essa ambição. Descubra também alguns factos relevantes sobre a história e o futuro da Tesla 1 Conclusão prevista para 2018. Será? Em meados do ano passado, os relatórios oficiais apontavam para um progresso de apenas 14% da obra. Com o objectivo de começar a produção de acordo com os planos estabelecidos (final de 2018), mais de mil pessoas encontram-se a trabalhar nesta construção para garantir o cumprimento do prazo. Mas, ainda assim, são cada vez mais as vozes que duvidam de que tal venha a ser possível. 2 Produção vai superar níveis de 2014 Quando a construção da Gigafactory começou, Elon Musk estimava uma produção anual de 500 mil baterias. Sabe-se agora que a fábrica apenas estará 100% operacional em 2020, o que levou a Tesla a realinhar os objetivos de curto prazo: uma produçãode 35GWh em 2018, um valor que ultrapassa toda a produção mundial de 2014. Porém, Musk acredita que a produção pode chegar aos 150 GWh quando o preços das baterias baixar dos 100 euros/kWh, o que poderá acontecer antes de 2020. Recorde-se que há apenas dois anos o preços rondava os 400kWh para se situar atualmente ao redor dos 170 kWh. A redução do preço das baterias é crucial para a diminuição dos preços dos carros elétricos, logo para que se tornem verdadeiramente populares. 3 A fábrica autónoma... com 10 mil trabalhadores Assim que estiver concluída e completamente operacional, o número de trabalhadores no local vai aumentar de 1000 para 6500, sendo que Musk já referiu a possibilidade de ali virem a trabalhar 10000 pessoas. Fica a parecer que é muita gente, mas, se pensarmos bem, isto significa que a cada trabalhador (dos 6500) correspondem 83 metros quadrados e, se pensarmos no interesse de Elon Musk em maquinaria automatizada, rapidamente percebemos as intenções da empresa. Recorde-se de que esta será "a máquina que constrói a máquina". 4 A fábrica construída em zona sísmica O deserto do Estado do Nevada não é certamente, pelo menos para estas empresas, um local inóspito - gigantes como a Amazon e a Apple vão ser vizinhos da Gigafactory - mas por ali não são raros os tremores de terra. Nesse sentido, a fábrica está a ser construída de forma a absorver a maioria do impacto. Em vez de ser construída apenas uma estrutura, optou-se por uma abordagem com muitas secções, similar à das colmeias. 5 A Gigafactory vai hospedar a Panasonic Quando a Tesla virou atenções para o mercado energético, empresas como a Panasonic e a Sony eram vistas como rivais. Quase paradoxalmente, não demorou muito até a Tesla Motors e a Panasonic tornarem-se parceiras no processo de desenvolvimento de veículos eléctricos. Acontece que a empresa nipónica é considerada um perita na área, tendo exportado mais de 180 biliões de baterias lithium-ion desde 1931. Numa lógica comum de "duas cabeças pensam melhor do que uma", a Panasonic vai instalar equipamentos e enviar elementos do seu staff para o Nevada. 6 A Gigafactory alivia custos de produção e emissões O facto de passar a viver paredes-meias com a Panasonic vai ser incrivelmente vantajoso. Em vez de atravessarem o Atlântico, as baterias vão ser feitas "em casa". O staff da Panasonic terá apenas de abrir algumas portas e atravessar poucos corredores para entregar as baterias à parceira norte-americana. Este processo permite reduzir custos e emissões. 7 Há espaço para uma "Fase II" A Tesla já adquiriu 1864 ehctares ao lado da Gigafactory que podem duplicar a capacidade da operação montada pela empresa. Isto significa quando a primeira estiver concluída, podemos muito bem assistir à construção de uma segunda Gigafactory mesmo ali ao lado… E as possibilidades são infinitas.