A fusão proposta entre a Nissan, Honda e potencialmente a Mitsubishi tem o potencial de redefinir a indústria automóvel. Contudo, para a Nissan o caminho está longe de ser fácil e simples. Este fabricante está sob forte pressão para aumentar significativamente os seus lucros, já que esse é um passo essencial para garantir o compromisso da Honda neste negócio. Sem uma clara reviravolta financeira, a fusão poderá não acontecer.
Numa conferência de imprensa conjunta no mês passado, os fabricantes revelaram um gráfico que projetava os objetivos ambiciosos de crescimento dos seus lucros operacionais até agosto de 2026, que é a data prevista para a fusão.
Para alcançar esse objetivo, a Nissan terá de obter lucros de aproximadamente 400 mil milhões de ienes no ano fiscal de 2026 (cerca de 2,491 mil milhões de euros).
Essa é uma fasquia muito elevada, já que os lucros operacionais da Nissan caíram 90,2%, de 336,7 mil milhões de ienes (2,097 mil milhões de euros) para 32,9 mil milhões de ienes (204,89 milhões de euros), o que representou uma margem operacional de apenas 0,5%.